segunda-feira, 26 de abril de 2010

TRIBULAÇÕES ?






TRIBULAÇÕES ? Não te prendas indefinidamente às teias afogueadas com que as tribulações da experiência humana te possam, talvez, barrar os passos;

se decorrem de conflitos em família, desaparecerão com o tempo;

se estão configuradas em prejuízo de ordem material, o trabalho te recomporá o equilíbrio econômico;

se vieram de provas, com as quais não contavas, lembra-te de que serão irresistívelmente dissipadas, na pressa das horas;

se resultam das incompreensões de certos amigos, consola-te a certeza de que semelhantes incompreensões não partem de ti;

e se procedem de sofrimento demorado, recebe-as com paciência, trabalhando e servindo sempre, nas atividades em benefício do próximo, porque, a fim de te abençoar e auxiliar, a Providência Divina, com mais facilidade, te encontrará o endereço.

EMMANUEL

Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier - Livro - Neste Instante.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A DEFUMAÇÃO

 

 

 

 

A DEFUMAÇÃO

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda.
É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho.
Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação.


Histórico Sobre a Defumação:

Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, também nos usamos desse expediente, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.
Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito”
A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção nos rituais. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos.
Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos.
Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos.
Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.

O Que é a Defumação?

Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades).
Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.

A MEDIUNIDADE NA UMBANDA

 

 

 

 

 

A MEDIUNIDADE NA UMBANDA

Quem se detém a estudar às obras espíritas, sejam Kardecistas ou umbandistas, conclui que a totalidade dos autores afirma, categoricamente, que os médiuns completamente inconscientes são casos raros, raríssimos, sendo que muitos defendem a mediunidade consciente como perfeitamente cabível nos trabalhos de Umbanda e outros (como Matta e Silva, por exemplo), não admitem o médium consciente total, exigindo, para uma incorporação autêntica, a semi-inconsciência, onde o aparelho fica como que aturdido e sem forças para intervir naquilo que a
Entidade está querendo dizer.

O fato é que este ponto é um problema muito delicado para a prática da mediunidade, pois, só com muita experiência, conseguimos fazer com que o nosso psiquismo não interfira no trabalho dos guias e protetores, principalmente quando o médium está lidando com pessoas de suas relações mais chegadas, ou com parentes seus. Tirar a cabeça do médium dos trabalhos do Guia é, justamente, uma das coisas mais difíceis de se conseguir, quando se é novato, pois sempre acarreta dúvidas e preocupações, mormente naqueles que receiam o fantasma da mistificação.

O mais engraçado é que pouquíssimos têm a coragem e a decência de se confessarem conscientes ou, pelo menos, semi-inconscientes querendo todos passar por médiuns mecânicos ou inconscientes totais, o que a meu ver, já é uma prova de deslealdade incompatível com o verdadeiro sacerdócio da missão mediúnica, na sua acepção mais profunda. Eu mesmo, quando comecei na Umbanda, mantive a idéia, plenamente enraizada, de que mediunidade era sinônimo de “inconsciência” na hora do transe mediúnico.

Quando comecei a sentir as primeiras vibrações de aproximação das Entidades, entrei em verdadeiro ESTADO DE PÂNICO, simplesmente porque, comigo, não estava acontecendo, aquilo que todos em minha volta afirmavam: que eram médiuns inconscientes.

Mas não há mal que não traga um bem. Comecei a desconfiar que TODOS não fossem tão inconscientes assim, quando, em mim, a consciência estava bem presente e firme.

Só havia um recurso: estudar o assunto.
Foi o que fiz, com vagar, com persistência e paciência.

Hoje, com uma apreciável bibliografia à minha disposição, posso afirmar COM AUTORIDADE, “que todos aqueles que se diziam “inconscientes totais” estavam “mentindo”, não sei com que intuito. A mediunidade mecânica, inconsciente, em que o aparelho ficam como se estivesse em sono profundo é extremamente raro no mundo inteiro, contando-se nos dedos aqueles que, verdadeiramente, o são.

Na verdade, o que se passa no chamado “desenvolvimento” (palavra inadequada) é que as Entidades “tomam o médium” em três fases distintas, a saber:

1º) – Domínio das faculdades sensoriais;
2º) – Domínio das faculdades motoras;
3º) - Domínio das faculdades psíquicas.

As primeiras manifestações são sensoriais, isto é, o médium começa sentindo “algo de estranho”, mãos geladas, braços e pernas dormentes, frio na espinha, na cabeça, na boca do estômago, etc. É a atuação das Entidades sobre os plexos nervosos, como primeiro sinal de sua aproximação.

Em seguida, as Entidades passam a dominar as “faculdades motoras” e o médium sente impossibilidade de desfazer certos gestos e atitudes que ele tomou SEM SABER PORQUE, mas que não “tem forças” para impedir. Quando um Caboclo DE VERDADE prende o braço esquerdo do médium nas suas costas, imóvel, horas e horas, ou quando um preto velho verga as pernas do médium, este não sabe porque, mas obedece, embora esteja “consciente” de que está fazendo aquele gesto ou tomando aquela atitude.

São as suas faculdades motoras que, secundando as manifestações sensoriais estão sendo “tomadas” CADA VEZ MAIS PELA Entidade, à medida que o seu organismo se prepara para a missão mediúnica.

A última faculdade a se entregar ao domínio dos Guias e protetores é, justamente, o psiquismo do médium, a sua consciência, a sua “guarda” para tudo de estranho que está acontecendo com ele. Quanto mais culto o aparelho, maior a sua resistência a entrega do seu psiquismo atuação das Entidades de incorporação.

Em primeiro lugar, vem o natural e louvável auto-policiamento do médium que, quanto mais bem intencionado estiver, mais receoso ficará de estar sendo tomado por sugestões neuro-anímicas motivadas pelo ambiente dos terreiros. Quanto mais ele se auto-policia, mais o seu psiquismo interfere, fazendo com que a Entidade que se aproxima só consiga tomar 20% ou 30% da sua vontade. É por isso que todo médium, seja qual for, começa muito anímico, com 10%, 20% ou 30% de incorporação ,e conseqüentemente, com 90%, 80% ou 70% de interferência do seu próprio “eu” nos trabalhos do Guia. Só com o tempo (muito tempo), à medida que o médium vai tomando ciência do “sucesso” dos trabalhos do seu Guia, é que as suas resistências psíquicas vão se quebrando e ele começa, então, a progredir na escala de incorporação, muito temo ainda, com 40% ou 50% do seu psiquismo "Fora do ar"”
Os grandes estudiosos do assunto consideram 50% uma "boa incorporação”, o que nos leva a concluir que a coisa é muito seria mesmo. De 50% para cima o médium vai se apagando numa espécie de “aturdimento” crescente com a porcentagem de incorporação conseguida, isto é, de domínio da Entidade sobre o seu psiquismo. Os grandes médiuns, que trabalham com ótimos Guias e dão boa passividade, ficam na faixa dos 70%, chegando, às vezes, aos 80%. Jamais passam de 80%.

Muita Paz.

Fátima Damas
CONGREGAÇÃO ESPÍRITA UMBANDISTA DO BRASIL -CEUB