quinta-feira, 15 de julho de 2010

UMBANDA DENTRO DO COTIDIANO




UMBANDA DENTRO DO COTIDIANO


Como sempre dizemos:

Ser umbandista dentro do terreiro é fácil, mas e fora dele?! Seguramente
isso não é nada fácil.

Como toda religião a Umbanda tem como objetivo aperfeiçoar o espírito,
que está em constante evolução. A doutrina Umbandista vem preparando
todos nós para que cada vez mais possamos melhorar conosco e com o
próximo. Então não basta ser uma pessoa caridosa, bondosa, correta só no
terreiro. Devemos dar o nosso maior exemplo fora dele.

O Umbandista não deve provar nada a ninguém, mas suas atitudes são MUITO
OBSERVADAS por todos, pois quem não conhece a Umbanda em seus reais
fundamentos acreditam que ela não passa de:

· Uma religião sem doutrina

· Não passa de puro fetiche (feitiçaria)

· De militantes ignorantes, que nada tem a oferecer a sociedade atual.

PORTANTO UMBANDISTA DE VERDADE DEVE MOSTRAR:

COM SUA CONDUTA,SUAS ATITUDES TODO O ENSINAMENTO QUE RECEBE DENTRO DO
TERREIRO, ATRAVÉS DAS ENTIDADES E DOUTRINA.
ESSE É O CAMINHO PARA FAZER A DIVULGAÇÃO E TRAZER O RESPEITO PARA A
RELIGIÃO-CIÊNCIA.

A principal missão das entidades do Movimento Umbandista é tão somente
prestar a caridade. E por sua vez, a dos médiuns também deveria ser. Mas
não apenas no terreiro, mas em todas as áreas da sua vida.

Conhecemos muitas pessoas que se dizem umbandistas, e fora do terreiro
tem uma conduta completamente contrária àquilo que pregam. Ora devemos
pelo menos ser coerentes com aquilo que falamos e fazemos, não podemos
dizer:

“Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.

NÃO PODEMOS IR CONTRA AQUILO QUE ACREDITAMOS COMO REAL E VERDADEIRO.
AQUELES QUE AGEM ASSIM É PORQUE NÃO TEM NENHUMA CONVICÇÃO DO QUE FAZEM.


Os ensinamentos das entidades devem ser aplicados diariamente em nossas
vidas.

O médium incorporante deve registrar aquilo que seu mentor guarda em seu
subconsciente durante as consultas, p/ que ele possa aplicar tais
ensinamentos no seu dia a dia, em sua própria vida.

Nossa CARIDADE deve começar dentro de nossos lares, de nossas casas, com
nossos familiares. É COM ELES QUE TEMOS AS MAIORES DÍVIDAS. Com já
disse o sábio espírito ANDRÉ LUIZ, “os parentes são os marcos vivos das
primeiras grandes responsabilidades do ser encarnado.

Isto significa que:

Geralmente nossa família é composta por seres ligados a nós em vidas
passadas, e que tem conosco uma relação de créditos e débitos.

São nossos credores ou devedores de vidas passadas.

O lar é um templo redentor de almas endividadas. A família é o maior
meio de ajustes entre os seres espirituais.

Qual forma mais sábia de fazer com que grandes inimigos de vidas
passadas, com sentimentos recíprocos de ódio, vingança, mágoa e etc. se
aceitem? É fazendo com que em vidas futuras compartilhem da mesma
família como irmãos, pais, filhos, etc.

Conhecemos muitas pessoas que tem sérios problemas de entrosamento em
seus lares, porque algum ou alguns de seus familiares tem problemas dos
mais variados. Os mais comuns são em que o familiar é doente, tem
problemas psíquicos, psicológicos, enfim, causa transtorno a todos seus
familiares.

Nesses casos devemos conter nosso ímpeto rebelde, mantermos a calma e a
paciência e tentarmos compreendê-los da melhor forma possível. Não
devemos ser grosseiros nem estúpidos s e sim entendê-los do jeito que
são. Seguramente esses seres doentes não estariam em nossa família por
puro acaso, e sim porque alguns dos familiares têm graves débitos a
cumprir com esses seres.

Na maioria das vezes os familiares foram responsáveis por essas
anomalias em outras vidas, ou me fizeram muito mal e agora, de acordo
com a Lei Divina, devem ajudar essas criaturas a saírem da situação em
que se encontram. Não adianta ignorá-los, tratá-los mal, pois isso só
irá agravar mais ainda sua divida perante aquele ser e a sua situação
perante a Lei Kármica.

PORTANTO DEVEMOS DAR MUITO VALOR A NOSSA FAMÍLIA E AGRADECERMOS A DIVINA
OPORTUNIDADE DE PODERMOS RESGATAR COM SEUS SERES ANTIGAS DIVIDAS DO
PASSADO E FICARMOS EM EQUILÍBRIO PERANTE A LEI DIVINA.

DEVEMOS EVITAR OS GRAVES DESENTENDIMENTOS, pois agindo assim estamos
agredindo a evolução, estamos incorrendo nos mesmos erros anteriores e
dificultando ainda mais o consenso, que inevitavelmente terá que
acontecer demore quanto tempo for necessário, portanto não devemos
desperdiçar esta chance!

Devemos melhorar os contatos diretos ou indiretos com nossos pais,
irmãos, tios, primos e demais familiares para que a Lei não venha
cobrar-lhe NOVAS E MAIS ENÉRGICAS experiências em PRÓXIMAS ENCARNAÇÕES.

A Umbanda não tem normas nem Leis que inibam a liberdade de ninguém. Ela
não proíbe ninguém de fazer isso ou aquilo, ela apenas nos mostra o
caminho, e cabe a cada um de nós, segundo nosso livre arbítrio, escolher
por onde quer ir. As entidades sempre dizem:
A UMBANDA NÃO ESCRAVIZA, LIBERTA!

Ouvimos muitas pessoas dizerem: “isso minha religião não permite”, mas
será que você realmente acredita naquilo?

A Umbanda acredita na capacidade de cada um escolher seu caminho, de
saber o que realmente é ideal para si. É claro que às vezes necessitamos
de alguns esclarecimentos, de alguém para mostrar o caminho a ser
seguido, mas nunca de forma imposta. SOMOS RADICALMENTE CONTRA AQUELES
QUE DIZEM QUE TUDO ESTÁ TRAÇADO, QUE NOSSO DESTINO JÁ ESTÁ SELADO.

Ora se assim fosse, para que vivermos se somos marionetes nas mãos de um
Deus tão cruel, que nos faz sofrer para aprendermos a lição?
Acreditamos em predisposições para tais circunstancias.

Exemplo:

Uma pessoa tem predisposição para morrer de infarto. Isto é uma
predisposição, que conforme sua conduta em vida pode ocorrer ou não.

Há também aqueles que dizem saber exatamente quando vão morrer porque é
seu destino. Como já dissemos, há uma predisposição e não uma imposição.
De acordo com a nossa conduta, podemos antecipar ou prolongar a nossa
vida terrena.

Essa é a famosa LEI DO KARMA ou das CAUSAS E EFEITOS. Todos temos uma
predisposição para uma série de acontecimentos e realizações em nossas
vidas, que podem acontecer ou não de acordo com a nossa conduta enquanto
encarnados.

Infelizmente já ouvimos alguns de nossos amigos dizerem que a vida é
para ser vivida intensamente, visando apenas prazer, porque estamos aqui
a passeio. Acreditar nisso seria acreditar que

· Tudo que fazemos não tem importância como,

· Estudar, trabalhar, se aprimorar,

· Pois nada valerá quando morrermos, que tudo foi em vão.

É estar completamente sem perspectivas de encontrar um mundo melhor

· De acreditar na imortalidade do espírito,

· De acreditar na evolução.

Devemos ter ciência que a nossa estadia no planeta como encarnado é uma
benção divina. Muitos seres perdidos, emaranhados em seriíssimas
confusões, mentais e astrais, aguardam ansiosos por essa oportunidade,
visando melhorarem-se e diminuírem os débitos adquiridos em vidas
passadas.

A reencarnação é:

· Uma solução bendita,

· É a misericórdia divina,

· É a chance que Deus dá a todos os seres,

· A cada encarnação temos a oportunidade da evolução, para a libertação
do espírito.

Se estamos no corpo físico, é porque temos sérios compromissos a
cumprir. Quantos e quantos seres desencarnados atolados no mal,
gostariam de ter essa oportunidade, e reencarnar para saldar suas
dividas perante a Lei.

Só para deixar bem claro:

Se estamos encarnados: não é por acaso, temos sérios compromissos a
cumprir, muitos credores batem à nossa porta.

Então não se iluda pensando que a vida é uma eterna diversão, que
estamos aqui para gozar dos prazeres da vida terrena.

Há coisas muito mais sérias esperando por você desperte para realidade!

A doutrina de Umbanda tem justamente essa finalidade, de ajudar as
pessoas a enfrentarem os problemas do cotidiano com paz e serenidade,
colocando em pratica o que é aprendido com as entidades. Nos revela de
forma clara e simples, o modo ideal de encararmos a vida como ela
realmente é.

A nossa preocupação é dar formação espiritual, para que as pessoas
possam levar suas vidas com mais tranqüilidade, entendendo os porquês de
certas coisas acontecerem tão freqüentemente, pois tendo tais
conhecimentos, seguramente suas vidas serão mais amenas e mais
intensivamente vividas.

A intenção das entidades de Umbanda é fazer com que a vida das pessoas
possa ser compreendida de uma forma melhor, que as pessoas não encontrem
tanta dificuldade em entender as coisas que a ciência não consegue
explicar, tais como a morte, Deus e etc.

Os umbandistas não são melhores nem piores que ninguém. Não temos
qualquer vocação para “santos”. Queremos ser apenas o que somos, pessoas
normais como todas as outras, que acreditam em um Deus e na
imortalidade do espírito.

Dizemos isto porque muitas pessoas acham que ser religioso é ser santo, é
privar-se das coisas boas da vida. Conversa mole!!! Isto é pura
preguiça, é falta de coragem de encarar a vida de frente. Alguns têm até
vergonha de dizerem que freqüentam ou que são praticantes de alguma
religião. Imaginem só!...

Acreditamos que a vida material é importante, mas não teria o menor
sentido sem a vida espiritual, pois só levaremos as nossas ações, nosso
comportamento enquanto encarnados, a nossa educação espiritual será a
nossa maior riqueza.

Os mentores do Astral, irão nos direcionar após o desencarne segundo a
nossa conduta, de acordo com o grau de espiritualidade. Quando morrermos
seremos todos iguais, o que irá nos diferenciar uns dos outros é o
nosso Aura, que reflete todas as nossas ações, pensamentos, sentimentos
através de sua coloração.

Por isso é que todos deveríamos dar mais importância ao nosso lado
espiritual, nos educarmos espiritualmente.

A vida é muito boa, mas é uma etapa passageira, um dia passará. Vamos
criar dentro de nós um sentimento de AMOR AO PRÓXIMO, afinal todos nós
habitantes do planeta Terra, somos uma imensa família que resgata junto
algo que foi perdido há milhões de anos atrás, a Tradição Cósmica.

Portanto deixemos de lado as mesquinharias materiais e vamos nos
preocupar com a essência espiritual. Não devemos nos esquecer que temos
um compromisso a cumprir e um caminho a seguir. Não podemos nos deixar
levar pelas grandes ILUSÕES da vida terrena.

O que é ser uma pessoa espiritualizada?

· Ser mais compreensivo

· Ser mais gentil

· Mais atencioso com as pessoas

· Não julgar

· Se não puder ajudar, não atrapalhe.

· O bom comportamento e sentimentos só nos aproximam de BONS ESPÍRITOS.
(é a lei da afinidade)

VAMOS LÁ, NÃO CUSTA NADA TENTAR!

VOCÊ NÃO VAI SE ARREPENDER!

GRANDES AMIGOS O ESPERAM.

A UMBANDA AO ALCANCE DOS JOVENS -
Autor: Domingo Rivas Miranda Neto (ITAMIARA)

EXCESSO DE ALCOOL NA SESSÃO




EXCESSO DE ALCOOL NA SESSÃO


Dirigir uma gira de Umbanda não é tarefa fácil.

A sensibilidade humana extrapola muitas vezes o bom senso e a habilidade
dos dirigentes. Até os dotados com essas virtudes cometem erros, às
vezes com efeitos bombásticos nos médiuns, mesmo os já desenvolvidos.

Servir bebida alcoólica à entidade requer uma série de conhecimentos
para evitar que os médiuns sofram conseqüências desastrosas,
principalmente ficar embriagado, o que quando acontece, muitas vezes
liquida a confiança de um médium.

E por que isso acontece?
Vamos esmiuçar as situações que se criam para entendermos bem.

O álcool nos trabalhos de Umbanda, entre outras funções de magia, serve
para embriagar o médium. Em tal estado acontece o deslocamento de seu
espírito, facilitando a incorporação da entidade.

Isso dentro de um trabalho organizado é inteiramente confiável, mas, em
trabalhos sem segurança e desorganizados pode gerar a penetração de
entidades atrasadas ou viciadas no alcoolismo.

Esse é um dos motivos que o médium não deve beber fora dos trabalhos.

Considerando a garantia da proteção do trabalho, o médium fica
embriagado mas dominado pela entidade.
Antes de desincorporar a entidade tira todo o efeito do álcool,
deixando o médium com o liquido ingerido mas sem o seu efeito, ou seja,
termina a embriaguez do médium.

Isso pode não acontecer se o médium, durante a incorporação, levar um
choque por um motivo qualquer, como por exemplo, alguém da hierarquia
brigar com o espírito ou manda-lo, repentinamente, desincorporar.

Isso pode impressionar o médium, pois não devemos esquecer que o normal é
que os médiuns sejam conscientes.

Quando esse enganos acontecem o médium pode ficar totalmente embriagado.


Se isso ocorrer jamais os dirigentes ou companheiros da casa devem
critica-lo, ao contrário, em casa que existe irmandade e direção segura,
o médium receberá todo o apoio pelo eventual erro.

Pelas análises podemos constatar: nem sempre a embriaguez de um médium é
ocasionado por erro seu, ao contrário, quase sempre provocado pela
falta de atenção da hierarquia, que inclusive deve recomendar aos
cambones que cuidem do excesso de bebida usada pela entidade.

Deve-se ter muito cuidado ao determinar o afastamento do espírito quando
ele ingeriu bebida alcoólica, devendo ter ao menos um tratamento gentil
que toda entidade e mesmo os médiuns merecem.

Como norma deve-se orientar os médiuns que um espírito de luz não bebe
por prazer.

O Exu Tranca Ruas das Almas sempre diz:
-·se eu quisesse beber não vinha fazer isso em terreiro de Umbanda, mas
iria buscar os alcoólatras nos bares, como fazem os obsessores comuns·.

texto extraido da internet

MISTIFICAR




Mistificar, termo muito usado no Espiritismo e que na Umbanda tem sido citado com freqüência. Seu significado tem a ver com abusar da credulidade, enganar, iludir,
ludibriar. Na conversação mediúnica, corriqueiramente, na mesa espírita
ou no terreiro, considera-se mistificador o médium que finge estar dando
passagem a um espírito, fala e passa mensagens que são próprias.

Porém o assunto é muito mais complexo. Há mistificadores encarnados e desencarnados. Também estará mistificando o espírito que usa o instrumento (médium) para comunicar falácias, mentiras, no intuito de
confundir e desequilibrar. E ocorre ainda, o animismo, que é temido e
perseguido, o médium conta histórias como se fosse um outro espírito,
mas na verdade fala de si, de encarnações do passado ao qual está
ligado. Pode mesmo rir , chorar e parecer que sofre, mas é a própria
alma se manifestando. È ruim isso? Não necessariamente, apenas será
problema se o médium ficar preso ao seu animismo e não consegue se
desapegar e liberar seu “espaço perispiritual” para a aproximação de
outros espíritos.

Vamos voltar a isso depois, mas há também a necessidade do bom senso, em relação àquelas pessoas que vêem, escutam e falam coisas, mas nesse caso são verdadeiros distúrbios de ordem mental( físico) e quer às vezes
deixam de ser medicados adequadamente por se pensar que o problema é
estritamente espiritual. E em contrapartida, muitos verdadeiros médiuns
foram internados por parentes , dados como loucos.

Recentemente foi publicado em estudo realizado pelo Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora, comparando o comportamento de médiuns e de pessoas com transtornos
mentais, e chegaram a nove critérios utilizados para diferencia um do
outro. OS critérios encontrados nos médiuns e não nos transtornos
mentais seriam:

1) Ausência de sofrimento psicológico;
2) Ausências de prejuízos sociais e ocupacionais;
3) Duração certa da experiência
4) Atitude crítica (duvidas sobre a realidade objetivada vivência):
5) Compatibilidade com o grupo cultural ou religioso
6) Controle sobre a experiência, crescimento pessoal e atitude de
auxílio ao outro

Algumas coisas norteiam e dão certeza que não há mistificação, que é o cunho da comunicação fornecida pelos espíritos. Se sérias, elas serão coerentes, voltadas para melhorar a vida das pessoas, quer no âmbito
profissional ou familiar, conselhos e avisos sobre como progredir, mas
nunca promessas mirabolantes nem contradições ou mesmo promessas de
riquezas e atitudes que levem prejuízo a outrem. O tema sempre é
direcionado ao Bem, à Felicidade e Humildade, ou alerta sobre perigos,
conforto das dores. As palavras caracterizam-se pela simplicidade e
ausência de preconceitos, equilíbrio em todos os aspectos.

Estes espíritos, se confrontados , mantém-se firmes , se ouvem as palavras de Deus, Jesus, Maria, mantém-se confiantes, sem perturbação, mostrando que suas intenções são transparentes e benignas.
Trazemos ainda um estudo sobre as contradições das comunicações dos espíritos , confundidas às vezes com mistificação, retirado do Livro dos Médiuns capítulo XXVII:

“Passam-se no mundo dos Espíritos coisas bem difíceis de compreender.
Não tendes entre vós pessoas muito ignorantes sobre certos assuntos e
esclarecidas acerca de outros? Pessoas que tem mais juízo que instrução e
outras que tem mas espírito que juízo? Não sabeis também que alguns
espíritos se comprazem em conservar os homens na ignorância, aparentando
instruí-los, e que aproveitam da facilidade com que suas palavras são
acreditadas? Podem seduzir os que não descem ao fundo das coisas, mas
quando pelo raciocínio são levados à parede, não sustentam por muito
tempo o papel”.

È muito interessante como os espíritos que guiaram Kardec mostravam a
necessidade de muita reflexão e estudo, criticando aqueles que
criticavam o Espiritismo, pois consideravam que os seus críticos não o
conheciam suficientemente .
No mesmo capítulo citado anteriormente retiramos mais uns trechos:

“ Desejais tudo obter sem trabalho. Sabeis, pois, que não há campo onde
não cresçam as ervas, mas cuja extirpação cabe ao lavrador.
…Se os homens fossem perfeitos, só aceitariam o que é verdadeiro ( nota
minha: não haveria como enganá-los).
…O papel dos espíritos não consiste em vos informar sobre as coisas
desse mundo, mas em vos guiar com segurança no que vos possa ser útil
para o outro mundo. Quando vos falam do que a esse concerne, é que o
julgam necessário, porém não porque o peças. Se vedes nos espíritos os
substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros, então é certo serem
enganados.”

Sobre o medo da mistificação, quer seja por espíritos encarnados ou
desencarnados,;

“Se isso (a mistificação )lhes abalasse a crença, é que não tinham
muito sólida a fé. Os que renunciam ao Espiritismo, por um simples
desapontamento, provaram não o haverem compreendido e não lhes terem
atentado na parte séria. Deus permite as mistificações, para
experimentar a perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que do
Espiritismo fazem objeto de divertimento”.

E o Espírito da Verdade termina com a seguinte nota:

“A astúcia dos espíritos mistificadores ultrapassa às vezes tudo o que
se possa imaginar. A arte, com que dispõe as suas baterias e combinam os
meios de persuadir, seria uma coisa curiosa, se eles nunca passassem
dos simples gracejos; porém, as mistificações podem ter conseqüências
desagradáveis para os que não se achem em guarda. Sentimo-nos felizes
por termos podido abrir a tempo os olhos a muitas pessoas que se
dignaram de pedir nosso parecer e que lhe havemos poupado ações
ridículas e comprometedoras. Entre os meios que esses espíritos
empregam, devem colocar-se na primeira linha, como sendo os mais
freqüentes, os que têm por fim tentar a cobiça, como a revelação de
pretendidos tesouros ocultos, o anúncio de herança ou outras fontes de
riquezas. Devem além disso, considerar-se suspeitas, logo à primeira
vista, as pressões com época determinada, assim, como todas as
indicações precisas, relativas a interesses materiais. Cumpre não se
dêem os passos prescritos ou aconselhados pelos espíritos, quando o fim
não seja eminentemente racional; que ninguém nunca se deixe deslumbrar
pelos nomes que os espíritos tomam para dar aparência de veracidade às
suas palavras; desconfiai das teorias e sistemas científicos ousados;
enfim, de tudo o que se afaste do objetivo moral das manifestações.

Alex de Oxóssi
Fontes :Livro dos médiuns-cap XXVII

(POVO DE ARUANDA)

sábado, 3 de julho de 2010

A NOSSA AMADA UMBANDA






A NOSSA AMADA UMBANDA


Eu sou Umbandista...
Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?

É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".

É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.

É se dar,acima de tudo a um trabalho espiritual.

É saber que um terreiro,um centro, uma casa de Umbanda é um local
espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo,mas todos os
terreiros,centros e casas de Umbanda,representam a Religião de Umbanda.

É saber respeitar para ser respeitado,é saber amar para ser amado,é
saber ouvir para ser escutado,é saber dar um pouco de si para receber um
pouco de Deus dentro de si.

É saber que a Umbanda não faz milagres,quem os faz é Deus e quem os
recebe os mereceu.

É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação,mas oferece
ajuda aos que querem encontrar um caminho.

É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de
Umbanda como um todo: irmandade.

É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados.

Que são necessários sacrifícios,tempo e dedicação para o sacerdócio.

É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o
último consulente ser atendido.

É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles
utilizem esses materiais para ajudar ao próximo,confiando que me deixem
sempre bem após as sessões.

É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um
pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta
constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.

É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade,com amor e
dedicação.

É ser chamado de atrasado,de sujo,de
ignorante,conservador,alienígena,louco

E ainda assim,amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor
que ela merece.

É ser ofendido físico,espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar
amando minha Umbanda.

É ser chamado de adorador do Diabo,de Satanás,de servo dos Encostos e
mesmo assim levantar a cabeça,sorrir e seguir em frente com dignidade.

É ser Umbandista e pedindo sempre a Zambi para que eu nunca esteja
Umbandista.

É acreditar mesmo nos piores momentos,com a pior das doenças,estando um
caco espiritual e material,que os Orixás e os guias,mesmo que não possam
nos tirar dessas situações, estarão ali,ao nosso lado,momento a momento
nos dando força e coragem;

ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias,pois
eles representam a essência e a pureza de Deus.

É dizer sim,onde os outros dizem não!

É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda,mesmo que seja
diferente da nossa,mas sabendo que existe um propósito no que ambos
estão fazendo.

É vestir o branco sem vaidade.

É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a
ajudou e não ter orgulho.

É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos
possam ver ostentação.

É chorar,sorrir,andar,respirar e viver dentro de uma religião sem querer
nada em troca.

É ter vergonha de pedir aos Orixás por você,mas não ter vergonha de
pedir pelos outros.

É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata,nem ter
vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.

É estar sempre pronto para servir a espiritualidade,seja no
terreiro,seja numa encruza,seja na calunga,seja no cemitério,seja na
macaia,seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho
seja necessário.

É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa,mas
também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns
com os outros.

É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras,sentindo seu corpo
moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia
de trabalho.

É sentir a força do zoar dos atabaques,sua vibração,sua importância,sua
ação,sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.

É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.

É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair
do terreiro sorrindo.

É ter esperança que um dia,nós Umbandistas,acharemos a receita do
respeito mútuo.

É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz,sua
prática,sua fé,sua doutrina,seu acreditar,sua dedicação,seu suor,suas
lágrimas e sacrifício,não sejam Umbanda.

É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade:
vaidade de não ter vaidade.

É saber o que significa a Umbanda não para você,mas para todos.

É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com
as palavras: falar e fazer,pensar e ser,ser e nunca estar.

É saber que a Umbanda não vê cor,não vê raça,não vê status social,não vê
poder econômico,não vê credo.

Só vê ajuda,caridade,luta,justiça,cura,lágrima… e bom,mal e bem.