segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


 

 

A importância da educação mediúnica

A importância da educação mediúnica
Mitos e Preconceitos
 “Desenvolver a mediunidade não significa dar algo a quem não está habilitado para recebê-lo, mas sim, em habilitar alguém a assumir conscientemente o Dom com o qual foi ungido. Ao contrário do que apregoam, mediunidade não é punição, e sim benção divina, concedida ao espírito no momento em que encarna.”
A educação mediúnica é de suma importância para quem realiza práticas magísticas ou religiosas de fundo espiritual, espiritualista ou espiritualizador.
Quando alguém adentrar pela primeira vez num templo de Umbanda, notará que os praticantes fazem certas saudações rituais de significado ou valor por eles desconhecidos. O comportamento exterior dos praticantes se altera, eles se tornam diferentes dentro do recinto consagrado às práticas religiosas.
Tudo isto faz parte de educação mediúnica e os comportamentos têm de estar afinizados com o que se realiza dentro de um espaço consagrado.
Mas até aqui, ainda estamos abordando aspectos exteriores da formação religiosa, pois ao nos voltarmos para o interior dela, deparamo-nos com a educação mediúnica. Para colocar o médium em sintonia com o mundo invisível, cria-se toda uma pré-disposição às manifestações espirituais e aos rituais magísticos.
A educação mediúnica é muito importante, pois só se reeducando internamente um médium alcança níveis vibratórios mentais e conscienciais que lhe facultam os níveis espirituais superiores a sintonização mental com seu mestre individual a neutralização de possíveis vícios antagônicos (fumo e álcool, utilizados nos trabalhos) com as práticas religiosas e a compreensão ou percepção do que está acontecendo à sua volta, mas que não está visível, assim como do que está acontecendo dentro de seu campo mediúnico. Quando bem educado mediunicamente, sua sensitividade é capaz de identificar presenças positivas ou negativas que adentram em seus limites vibratórios.
Aí temos em poucas linhas, um apanhado de como a boa educação mediúnica auxilia os praticantes ou médiuns.
Mitos
Os mitos sempre têm um pouco de verdade e um pouco de fantasia.
É comum dizer-se que quem desenvolve sua mediunidade torna-se mais capaz do que aquele que não a desenvolve. Isto é uma verdade somente se aquele que se desenvolveu mediunicamente também compreendeu os compromissos que assumiu. Mas é pura fantasia se ele nada entendeu sobre seus compromissos.  Uma vez que  adquiriu um poder relativo,  começa a se chocar com um poder absoluto, que é a Lei de Ação e Reação; assim, sua suposta superioridade logo o lança em um sensível abismo consciencial.
Portanto, quando o assunto é mediunidade, todo cuidado é pouco e toda precaução não é o suficiente, se não estiver presente uma forte dose de humildade e compreensão de que um médium não é um  fim em si mesmo, mas sim  tão somente um meio.
Preconceitos
Muitos são os preconceitos quanto à educação mediúnica. Muitas pessoas temem certas inverdades  divulgadas à solapa por desconhecedores das religiões espiritualistas.
Vamos a algumas colocações correntes que pululam no meio religioso:
·        a mediunidade é uma provação purgatória;
·        a mediunidade é uma punição cármica;
·        a mediunidade escraviza os médiuns;
·        a mediunidade limita o ser.
Comecemos por desmentir estas colocações negativas:
1 – mediunidade não é uma provação purgatória, mas sim uma provação Divina e um Dom que aflorou no ser que alcançou uma certa etapa evolutiva e assumiu um compromisso no plano astral antes de encarnar. Se bem desenvolvida, irá acelerar sua evolução espiritual;
2 – não é uma punição cármica, mas sim um ótimo recurso que a Lei nos facultou para nos harmonizarmos com nossas ligações ancestrais;
3 – não escraviza o médium, apenas exige dele uma conduta em acordo com o que esperam os espíritos que através dele atuam no plano material para socorrer os encarnados necessitados tanto de amparo espiritual quanto de uma palavra de consolo, conforto ou esclarecimento;
4 – não limita o ser, pois é um sacerdócio. E, ou é entendida como tal ou de nada adianta alguém ser médium e não assumir conscientemente sua mediunidade;
Para concluir, podemos dizer que a mediunidade, por ser um Dom, tem de ser praticada com fé, amor e caridade. Só assim nos mostramos dignos do Senhor de Todos os Dons: nosso Divino Criador!
(texto extraído do livro “O Código de Umbanda”, pág. 589.)

 Pai Rubens Saraceni.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

OMOLOKO









 O SIGNIFICADO DO TERMO  OMOLOKO


              “Omoloko é Umbanda ou Candomblé? “ A resposta só poderia ser uma única: Omoloko é ambas. Umbanda porque aceita em seus rituais o culto ao Caboclo e ao Preto-Velho. Candomblé porque cultua os Orixás africanos com suas cantigas em Yoruba ou Angola, pois como já disse anteriormente esse ritual foi fortemente influenciado pelas duas culturas. Como pode-se ver, o ritual Omoloko não poderia ser encaixado no grupo dos Candomblés chamados tradicionais, aqueles que cultuam somente orixás africanos, pelo motivo de que no Omoloko são cultuados os Caboclos e Pretos-Velhos. Porém pode ser encaixado nos candomblés não-tradicionais, isto é, aqueles que cultuam orixás africanos e Caboclos e Pretos-Velhos. Também como pode-se notar, a Nação Omoloko poderia ser encaixada no grupo chamado Umbanda, uma vez que cultua-se Caboclos e Pretos-Velhos, entidades genuinamente de Umbanda e há uma forte sincretização católica. Ele encaixa-se também como Umbanda quando refere-se a um grande grupo religioso, a Religião de Umbanda. Então nesse momento o povo de Omoloko se auto intitula Umbandista, cujo culto é voltado aos Caboclos e Pretos-Velhos e que sigam a doutrina de amor ao próximo.



ETAPAS EVOLUTIVAS DE UM FILHO DE SANTO NA NAÇÃO OMOLOKO


              Na Nação Omoloko, a primeira obrigação que um  filho de santo faz é o EBÓ. O que é Ebó? Ebó é uma obrigação de limpeza material e espiritual. É uma obrigação muito simbólica, pois marca a passagem  da vida mundana para ingressar na vida espiritual onde será iniciado para ser um sacerdote de culto afro-brasileiro. Após o filho de santo fazer o Ebó ele passa a ter o nome de “Abiã”, aquele que foi iniciado. Após o Ebó o filho de santo fica recolhido no Roncó por um período de 24 horas. Para repousar sua mente e corpo. Isolando ele poderá ter o seu primeiro contato íntimo com o seu orixá.

            A segunda obrigação que o filho de santo fará é a COFIRMAÇÃO DE BATISMONesta obrigação o filho de santo fica  escolhe um padrinho e uma madrinha que representarão seus padrinhos de batismo, se estes não puderem comparecer a cerimônia. No Omoloko acredita-se que o Batismo é realizado uma única vez na vida e pode ser feito em qualquer época ou realizado quando a criança nasce, mas ele poderá ser reforçado ou confirmado no terreiro. Nesta obrigação o filho de santo recebe a sua primeira guia, a guia branco-leitoso de Oshalá. Nesta obrigação o filho de santo não precisa ficar recolhido no Roncó; ele terá apenas que guardar sua cabeção do sol e do sereno durante 24 horas.
           A terceira obrigação é a CATULAÇÃONesta obrigação o Abiã que está sendo iniciado é recolhido ao Roncó durante 24 durante. Catulação significa “Abrimento de Coroa” e a sua finalidade é abrir a passagem da mediunidade do abiã,  ou seja, tornar o filho de santo mais receptivo para receber as vibrações dos Orixás. A catulação é acompanhada de um sacudimento (ebó de limpeza) que é realizado antes do filho de santo ser recolhido ao Roncó e é feito um jogo de búzios para verificar o Orixá do filho que será recolhido.
 A quarta obrigação é o CRUZAMENTO. A finalidade do Cruzamento é fechar o corpo do abiã contra todas as formas de energias negativas. Ela inicia com um sacudimento (ebó) e um banho de ervas de preferência de ervas do Orixá do abiã, se já se tiver certeza se o mesmo é realmente o dono do ori do abiã que está em obrigação. Nesta obrigação o abiã é recolhido também por 24 horas ao Roncó. Em sua saída do Roncó ele receberá a sua segunda guia, a guia do Orixá dono do ori.





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TEUJ - Filho de santo trajando roupa ritual branca da tribo Arigolê, Nação Omoloko.
TEUJ - Yalorixá trajando roupa ritual de festa saúda o Orixá Inhasã Inhalosin.
             quinta obrigação é chamado OBORÍ. Esta obrigação serve para reforçar as energias do filho de santo e realizar o assentamento em apotí do primeiro orixá do iyaô e o recebimento de sua 2ª guia. A guia de seu primeiro orixá, ou seja o dono do orí. O Obori divide-se em três tipos: Obori frio, feito com água e comidas dos orixás; Obori de dois pés - feito com aves; Obori de 4 pés - feito com animal quadrúpede. Esses Oborís serão aplicados pelo sacerdote conforme a necessidade e condições gerais do abiã. Nesta obrigação o abiã será recolhido também por 24 horas, mas terá um resguardo e a ser cumprindo em sua casa (dormir na esteira, usar branco, não pegar sereno nem sol desnecessariamente...) por um período de quinze (15) dias. Após essa obrigação, o filho de santo passa a ser chamado de iyaô, aquele que foi entregue ao Orixá, e também dará uma pequena festa em homenagem ao seu Orixá e a sua ascensão dentro do ritual.





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TEUJ - Obrigação de Obori - filhos de santo vestindo roupa branca ritual em homenagem a Oxalá soltam pombos brancos, ave sagrada para os povos da tribo africana Arigolê.
              sexta obrigação é chamada de SETE LINHAS. Esta obrigação é precedida de um ebó e será concluída com o assentamento do segundo orishá do iyaô e com o recebimento da 3ª guia. A guia do seu segundo orixá, ou seja o orixá de “juntó” e receberá também a Guia de Sete Linhas, que é um colar que representará a sua posição dentro do ritual por sua confecção específica e pela forma que ela é usada. Na Obrigação de Sete Linhas o iyaô ficará recolhido no Roncó durante três (3) dias e terá que cumprir um resguardo de 30 dias domingo na esteira , usando branco, não pegando sol e sereno desnecessário... Nesta fase o yiaô receberá o título Babakekerê ou Yákekerê. e passará a ser chamado pelo Sunan referente ao seu primeiro orishá. Nesse estágio o Babákekerê ou Yákekerê já poderá iniciar filhos de santo, mas sob a supervisão obrigatória do seu Babalorixá ou Yálorixá.





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TEUJ - Obrigação de 7 Linhas - Orixá paramentado: Oxumaré
TEUJ - Orixás paramentados: Inhasã Anhangá e Inhansã Inhalosin (em amarelo), Oxum Aeishá (em azul) e Omulú.
TEUJ - Cabocla Juremá
              A sétima obrigação e última é a CAMARINHANesta última obrigação o Babákekerê / Yákekerê receberá o grau de Babalorixá ou Yálorixá, podendo agora iniciar seus próprios filhos de santo e abrir sua própria casa de santo. Neste estágio o filho de santo, já babalorixá / yálorixá, poderá iniciar seus filhos sem a presença obrigatória do seu Babalorixá / Yálorixá, mas deverá sempre respeito e obediência ao seu iniciador e com a casa de santo de onde se originou. Nesta obrigação o filho de santo será recolhido no roncó do terreiro durante sete (7) dias; receberá seu Colar de Ifá; sua Guia de Babalorixá/yálorixá que tem característica de uso e confecção especial; terá cumprir novamente mais vinte e um (21) dias de resguardo. Nessa fase o filho de santo poderá assentar seu orishá em ferro, se o desejar ou então deixá-lo no apoti, se assim o preferir. Essa obrigação inicia com um ebó e se concluirá com uma grande festa de comemoração.   





TEUJ - Saída de Camarinha - Orixá paramentado: Obaluayê
TEUJ - Saída de Camarinha - Orixá paramentado: Ogum Beira-Mar do Cariri
TEUJ - Saída de Camarinha - Cabocla paramentada: Juremí





TEUJ - Yalorixá Giloyá (Antonieta M. dos Passos) em posição de saudação ao Orixá que sái do Roncó. Ao seu lado: Cambone, Babalorixá e o Orixá Omulú.
TEUJ - Filho de santo de Sete Linhas recebe o Preceito da Bandeja, quando de sua Camarinha para receber o grau de Babalorixá.
          Na Nação Omoloko que segue o ritual da tribo Arigolê as obrigações seguem a ordem cronológica acima, não poderá ter sua ordem alterada.

   OS ORIXÁS NO CULTO DE OMOLOKO
            Quem são os Orixás? Esta é uma pergunta que a maioria das pessoas que freqüentam cultos afro-brasilieiros fazem a si mesmos e a outros. Orixás são entidades espirituais, dizem uns. Orixás são forças da natureza, dizem outros. Orixás são espíritos de mortos que dependendo do lugar onde morreu pode retornar na forma espiritual como Ogum, se morreu em batalhas, Povo d`Água se morreu no mar, rio ou lago, ou ainda “orixás são os Encantados”, dizem outros. Todas as alternativas podem estar certas, contudo elas sofrem o inconveniente de ser muito superficiais, haja vista que o orixá deve ser algo muito mais complexo.Para os seguidores dos rituais de Omoloko e Almas e Angola, os orixás além de simples forças da natureza ou entidade espirituais, dividem-se em duas categorias - Orixá Maior e Orixá Menor.
              Orixá Maior é aquela entidade celeste que faz com que a natureza tenha movimento, se transforme e gere vida. Os orixás maiores são os responsáveis diretos, que encarregados Olorum/Zambi faz com que as menores partículas atômicas tenha energia e faz fluir a vida cósmica no universo. É a essência da vida. Por exemplo, Iemanjá é responsável pelo formação e manutenção da vida marinha, Xangô é o responsável pelo energia do trovão que desencadeia as tempestades que limpam a atmosfera, Nanã faz com que a chuva que cai na terra gere nova vida orgânica, Inhansã é a responsável pela limpeza do ar atmosférico e com seus ventos espalha a vida como pólens, Exú é o Orixá responsável pelo desejo sexual que gera vida nas espécies sexuadas. O Orixá Maior é pura energia, não passou pelo processo de encarnação como seres humanos.  Ele é pura energia cósmica, a força vital que tem origem em Olorum/Zambi e que faz com que a mecânica do universo oscile entre o caos e a ordem gerando vida. Eles são chamados apenas pelo primeiro nome, Ogum, Xangô, Oxum, Omulu... O Orixá Maior é uno e onipresente. é aquela entidade celeste que faz com que a natureza tenha movimento, se transforme e gere vida. Os orixás maiores são os responsáveis diretos, que encarregados Olorum/Zambi faz com que as menores partículas atômicas tenha energia e faz fluir a vida cósmica no universo. É a essência da vida. Por exemplo, Iemanjá é responsável pelo formação e manutenção da vida marinha, Xangô é o responsável pelo energia do trovão que desencadeia as tempestades que limpam a atmosfera, Nanã faz com que a chuva que cai na terra gere nova vida orgânica, Inhansã é a responsável pela limpeza do ar atmosférico e com seus ventos espalha a vida como pólens, Exú é o Orixá responsável pelo desejo sexual que gera vida nas espécies sexuadas. O Orixá Maior é pura energia, não passou pelo processo de encarnação como seres humanos.  Ele é pura energia cósmica, a força vital que tem origem em Olorum/Zambi e que faz com que a mecânica do universo oscile entre o caos e a ordem gerando vida. Eles são chamados apenas pelo primeiro nome, Ogum, Xangô, Oxum, Omulu... O Orixá Maior é uno e onipresente.
              Orixás Menores são aquelas entidades espirituais que fazem a mediação entre o ser humano e o Orixá Maior. Os  orixás menores são, conforme as diversas lendas, espíritos de antigos reis e heróis africanos, índios, orientais, etc. Em essência, os orixás menores podem ser qualquer ser humano. Por exemplo, as lendas de Xangô e Ogum. Esses seres humanos comuns, por terem sido abençoados com poderes sobrenaturais concedidos pelos Orixás Maiores, tornaram seres humanos especiais dotados de superpoderes físicos ou mentais para proteger seu povo, e após a sua morte voltam a ter contato com os seres humanos comuns na forma de orixás menores. Essas pessoas receberam poderes diretamente do Orixá Maior, e tornaram-se semideuses aqui na Terra, como por exemplo o Hércules da mitologia grega. O Orixá Maior recebe sua energia cósmica diretamente da fonte, Olorum/Zambi.  O orixá menor possui o mesmo nome do Orixá Maior de onde provem seus poderes, acompanhado de um sobrenome. Por exemplo, Ogum Beira-Mar, Inhalosin, Iemanjá Obáomi, Xangô Kaô...A este segundo nome chamamos de dijina ou sunam do Orixá. Assim podemos ter vários oguns, Xangôs, oxóssis, iemanjás... Da mesma forma seriam os Pretos-Velhos, cujo nome pode não exprimir a verdadeira entidade espiritual, pois o fato de entidade se manifestar como preto-velho não que dizer que ela necessariamente tenha que ter sido negro e escravo e o caboclo tenha que ser obrigatoriamente o espírito de um índio brasileiro. Os orixás menores, passaram pelo processo da reencarnação mas são espíritos dotados de poderes sobrenaturais concedidos pelo Orixá Maior e que por isso possuem uma grande luz e compreensão espiritual e tem seu poder ampliado agora que não mais carrega o fardo do corpo físico, por isso não necessitando mais passar pelo processo da reencarnação para evoluir.. É isto que diferencia os eguns (espírito de morto que possui compreensão ou luz espiritual mas ainda poderá passar, se necessário,  por outras reencarnações por ainda estar ligado ao mundo material) e kiumbas (espírito de morto que ainda não alcançou a luz espiritual, as nem compreende que ele já vive em outra dimensão e que seu corpo carnal não mais existe). É isso que diferencia o Orixá Menor dos demais seres espirituais que ainda não foram tocados pela energia do Orixá Maior. A energia concedida ao orixá menor também provem de Zambi/Olorum; entretanto, ela é canalizada a ele através do Orixá Maior, que é o elo de ligação entre eles, da mesma forma que o orixá menor é o elo de ligação entre o ser humano e o Orixá Maior. Dessa forma o Orixá Maior pode ser comparado grosseiramente a uma válvula que regula o fluxo de energia entre Zambi /Olurum e o orixá menor, podendo dessa forma reduzir, aumentar ou até mesmo retirar os poderes do orixá menor. No Omoloko, crê-se que são esses espíritos, os orixás menores que se manifestam nos omo-orixás (médiuns). E somente em momentos muitíssimos especiais é que o filho de santo poderá realmente ser tocado de forma muito rápida  e superficial pelo Orixá Maior. O culto do orixá menor está ligado ao antigo culto dos antepassados e que nos foi legado pela cultura Banto; enquanto o culto ao Orixá Maior está ligado ao culto das forças da natureza e nos foi legado pelos iorubanos e gêges. É importante frisar que na própria África  esses dois cultos se mesclam e se completam; da mesma forma que eles se completam aqui no Brasil.

A HIERARQUIA SACERDOTAL
 NO CULTO OMOLOKO
              A hierarquia sacerdotal da Nação Omoloko segue a mesma estrutura dos grupos Yorubá:

Þ  Babalorixá ou Yálorixá: sacerdote ou sacerdotisa, mais conhecidos como pai de santo ou mãe de santo, é a autoridade máxima no culto ao orixá;

Þ  Yákekerê e Babákekerê: filho de santo com obrigação de “Sete Linhas”.

Þ  Dagã: a pessoa que tem mais tempo de iniciação dentro do terreiro;

Þ  Ogã Nilú e Ogã Calofé: tocador de atabaque. Pessoa que dá início à maioria dos cânticos aos orixás nas giras (atualmente esses dois cargos tem sido ocupado por uma mesma pessoa);

Þ  Axogun: pessoa que, nas obrigações, sacrifica os animais;

Þ  Yábassé ou Yábá: cozinheira das comidas sagradas dos orixás;

Þ  Combono: pessoa que nas giras atende aos Orixás;

Þ  Exi-de-Orixá: filho de santo em geral;
              Uma peculiaridade do culto Omoloko é que nele não existe o grau de “Mãe ou Pai Pequeno", como há em outros cultos afro-brasileiro. Para um iniciado tornar-se Babálorixá ou Yálorixá ele precisa ser iniciado nas sete obrigações que compõem a hierarquia sacerdotal, abrir seu próprio terreiro e ter seus próprios filhos de santo. Esse direito é adquirido quando o filho de santo faz a última obrigação que é chamada de “Camarinha”,  na qual o filho de santo é iniciado e ao seu término recebe o direito de “criar” (iniciar) outros filhos de santo. Se esse filho de santo continuar no terreiro onde ele foi feito ele será chamado de Babákekerê ou Yákekerê – aquele que pode iniciar outros filhos de santo mas não possui ainda o seu próprio terreiro -. Ele ainda não recebeu o Deká. Entretanto, se ele for abrir o seu próprio terreiro para iniciar seus próprios filhos de santo, então ele receberá de seu Babálorixá ou Yálorixá o Deká e passará a ser chamado de Babálorixá ou Yálorixá pelas demais pessoas. Portanto, na Nação Omoloko o título de “Mãe Pequena ou Pai Pequeno; Mãe Grande ou Pai Grande” não existe, pois ele está condicionado ao pai de santo/mãe de santo ao abrir o seu próprio terreiro e ter os seus próprios filhos de santo. Na hierarquia da nação Omoloko o grau de Babákekerê ou Yákekerê está logo abaixo do de Babálorixá/Yálorixá, entretanto ele não pode ser comparado ao grau de “Pai/Mãe Pequeno(a) que há em outros rituais, pois na Nação Omoloko não existe uma obrigação específica para estes cargos como há no Ritual de Umbanda e Almas de Angola, por exemplo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011


CONVIVÊNCIA ESPIRITUAL

Convivencia nos Templos Religiosos


Quando nos propomos a nos doar ao próximo em trabalho espiritual num templo religioso, devemos observar quais são os nossos propósitos.
Queremos impor nossas idéias e condições, cheios de orgulho e vaidade, ou queremos tão somente trabalhar pelo bem de todos e pela harmonia?

Estamos trabalhando por amor ou por outra razão qualquer?

Qualquer templo religioso só se sustenta se tiver como base o amor e a caridade.
Lembremo-nos de que fora da caridade não há salvação.
Assim, deixemos o orgulho e a falsa modéstia fora de nossos propósitos e trabalhemos com o amor e a humildade, como nosso Pai Celestial espera de nós.

Aprendamos a respeitar as limitações e os defeitos dos outros, dos quais muitas vezes somos portadores também.

Procuremos acima de tudo auxiliar nossos semelhantes com as ferramentas que nosso Pai Celestial nos concedeu, ou seja, paciência, tolerância, misericórdia e acima de tudo amor.

Tenhamos na mente apenas os pensamentos voltados para o bem
e o progresso geral, e, nos lábios somente palavras de fé, esperança e conforto.

Se não tivermos nada de bom para dizer a nossos irmãos de jornada,
calemo-nos em meditação e prece.

Somente criticar e apontar os defeitos dos outros
não são atitudes do verdadeiro cristão.

Não nos esqueçamos dos discípulos do nosso querido Mestre Jesus,
onde cada um, com sua simplicidade e limitações, não deixou de ser o verdadeiro instrumento de divulgação dos ensinamentos do Cristo, que perduram há mais de dois mil anos entre nós.

autor desconhecido

A IMPORTÂNCIA DO ANJO DA GUARDA - Umbanda Online


A IMPORTANCIA DO ANJO DA GUARDA

Você sabe a importância dos anjos da guarda na Umbanda?

Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões).
Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.

Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.

É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.

E para os médiuns?
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.

Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.

Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.

Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.

O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.

O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).

O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d’água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.

Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.

O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.

Seu Anjo da Guarda te Chama!

Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: “_fulano seu anjo da guarda te chama!”

Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).

Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.
O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.

Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.

Salve o Seu Anjo da Guarda

autor desconhecido

sábado, 9 de julho de 2011






(Na Internet de autoria dseconhecida)
Blog Umbanda Online


ASSIM SÃO OS PRETOS VELHOS

Eles representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz.

Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado.

Com seus cachimbos, fala pausada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião.

Não se pode dizer que em sua totalidade que esses espíritos são diretamente os mesmos pretos-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de preto-velho. Outros, nem negros foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo forma.

O espírito que evoluiu tem a capacidade de se por como qualquer forma passada, pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma conseqüência do que eles tenham que fazer na terra. Esses espíritos podem se apresentar, por exemplo, em lugares como um médico e em outros como um preto-velho ou até mesmo um caboclo ou exu. Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão. Não é uma forma de enganar ou má fé com relação àqueles que acreditam, muito pelo contrário, quando se conversa sinceramente, eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham autorização.

Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo.

Para muitos os pretos-velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros, são pisicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros, são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros, apoiados pelos exus de lei (exus de luz) desfazendo trabalhos e contra as forças negativas (o mal), espíritos obscessores e contra os kiumbas (espíritos sem luz que trabalham na corrente negativa que levam os homens ao lado negativo e a destruição).

A figura do Preto-Velho é um símbolo magnífico. Ela representa o espírito de humildade, de serenidade e de paciência que devemos ter sempre em mente para que possamos evoluir espiritualmente.

Certa vez, em um centro do interior de Minas, uma senhora consultando-se com um preto velho comentou que ficava muito triste ao ver no terreiro pessoas unicamente interessadas em resolver seus problemas particulares de cunho material, usando os trabalhos de Umbanda sem pensar no próximo e, só retornavam ao terreiro, quando estavam com outros problemas.

O preto velho deu uma baforada com seu cachimbo e respondeu tranquilamente: "Sabe filha, essas pessoas preocupadas consigo próprias, são escravas do egoísmo. Procuramos ajudá-las, resolvendo seus problemas, brincando de pechinchar obrigações, de propósito. mas aquelas que podem ser aproveitadas, depois de algum tempo, sem que percebam, estarão vestidas de roupa branca, descalças, fazendo parte do terreiro. Muitas pessoas vem aqui buscar lã e saem tosqueadas; acabam nos ajudando nos trabalhos de caridade".

Essa é a sabedoria dos pretos velhos...

Os pretos-velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram aprender e encontrar uma fé. Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados. Mostrando que o amor a Deus, o respeito ao próximo e a si mesmo, o amor próprio, a força de vontade e encarar o ciclo da reencarnação podem aliviar os sofrimentos do karma e elevar o espírito para a luz divina.

Fazendo com que as pessoas entendam e encarem seus problemas e procurem suas soluções da melhor maneira possível dentro da lei do dharma e da causa e efeito.

Eles aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça espiritualmente. Se a pessoa se fortalece e cresce consegue carregar mais comodamente o peso de seus sofrimentos. Ao passo que se ela se entrega ao sofrimento e ao desespero enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega. Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo com encarne seu destino e os acontecimentos de sua vida:

"Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade. Mas, se tu entenderes que com luta o sofrimento podeis tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciência do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoísta, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS" (Pai Cipriano).

Salve todos os PRETOS-VELHOS, que DEUS os iluminem e os abençoem. A todos os PRETOS-VELHOS que trabalham nesse mundo e no outro com muito amor.

terça-feira, 21 de junho de 2011

POR QUE A ENTIDADE NÃO DIZ O NOME?

Bem, o nome da Entidade não é o mais importante no início.
O importante realmente, é o trabalho que a Entidade irá realizar,e não o nome,até por que a Entidade poderá se identificar com o nome que quiser.

O ´medium em desenvolvimento de sua tarefa mediúnica,poderá captar várias Entidades, pois sua "antena" ainda não se encontra bem "ajustada".
Assim, nenhuma Entidade, irá dizer que se apropriou de seu corpo, de forma a não induzir, seu aparelho a canalizar somente sua vibração.
As Entidades são sábias e sabem a importância de todas as vibrações.

No processo inicial do desenvolvimento muitas Entidades de Luz se aproximam do médium ao mesmo tempo,aos pouquinhos o médium aprende a sintonizar cada uma delas, no devido tempo,com paciencia,estudo e dedicação.

Portanto,é natural médiuns novatos incorporarem bem suas Entidades, mas no entanto não saberem seu nome. O fato de dizer o nome da Entidade denota em sinal de avanço no processo de desenvolvimento, devendo ser natural, as coisas devem vir sempre ao seu tempo, sem pressa, não devendo ser antecipado, sobre a pena de atrapalhar todo desenvolvimento.

Nesse caso,a ansiedade,a pressa,e muitas vezes a vontade de se estar pronto para o atendimento,e na maioria das vezes por falhas dos próprios dirigentes,pmds, o médium se acha pronto,coloca sua Entidade acima de outras,que sua Entidade é a melhor,faz melhor,e acontece rápido, é nesse caso que acontece a derrocada do médium,pois a soberba dá início a sua derrota.

Nenhuma folha cai da àrvore sem que seja o momento certo!

Dedique-se,busque conhecimento,procure evoluir cada vez mais,pratique a reforma íntima,tenha comprometimento,amor e humildade para que seu nível eleve-se cada vez mais, e possa ser um trabalhador da ceara de Umbanda com transparencia,honestidade e simplicidade.

Levemos ao mundo inteiro a Bandeira de Oxalá!

Aurea Oliveira

UMBANDA BRANCA? UMBANDA NEGRA?

Existe uma "Umbanda-branca" e outra "Umbanda-negra"?

Não, claro que não, o que existe é apenas uma única Umbanda, que não possui cor: Branca ou negra.

Nós seres Humanos é que possuímos uma essência bipolar.O Homem com sua mente bipolar, que pode ser voltada para o Bem e o mal, não consegue conceber uma religião que cultue somente as Forças ditas do Bem. Desta forma necessita inventar algo que se contraponha ao Bem , isto é o mal e assim surge a idéia de Umbanda-branca, do bem e seu oposto, Umbanda-negra, do mal.

Os "feiticeiros" que não possuindo uma ética , dirigem certas forças para fins duvidosos e nem sempre condizentes com a boa prática religiosa e mágica.

Existem ainda alguns autores que confundem Umbanda-negra, com Quimbanda...outro absurdo!

Devemos nos lembrar que a quimbanda é uma religião que se assemelha em muito aos rituais e prática Xamânticas(trabalhos de cura).Os Xamâs são totalmente voltados para os trabalhos das curas. Esses trabalhos são muito valiosos, visto que trazem benefícios para aqueles que padecem de algum mal ou desequilíbrio energético.

Mas como seres humanos com características bipolares,alguns feiticeiros, de posse desse saber e dessas práticas, dirigiam seus rituais com fins não éticos, o que veio a degenerar todo o ritual Xamâs e fazendo mais uma vez surgir a idéia de uma prática denominada por alguns de "umbanda-negra": que nada tem à haver com nossa querida Umbanda e nem tão pouco com a Quimbanda.

OS ESPÍRITOS RESOLVEM NOSSOS PROBLEMAS?

Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar suas mágoas e defender suas idéias de auto-piedade, os espíritos se mobilizarão para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e facilidade. Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados!

Espírito nenhum resolve problemas de ninguém.

Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.
No espiritismo, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.

Os espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.

Até o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.

Não adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás, como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que concentram sua visão nas coisas do mundo. Não podemos perder nosso tempo com lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais.

Tem gente por aí se deixando levar pelas aparências de espiritualidade. A grande multidão ainda não despertou para as verdades espirituais e acha-se com os sentidos embriagados e as crenças arraigadas em formas mesquinhas e irreais de viver a vida espiritual. Persegue soluções que lhe sejam favoráveis, e, em geral, tais soluções dizem respeito a questões emocionais ou materiais que meus filhos(as) não se sentiram capazes de superar.

Ah! Como se enganam quanto à realidade do espírito.

O aprendizado da vida é longo, amplo e exige um esforço mental de tais proporções que não torna fácil romper com os velhos hábitos de barganhas espirituais aprendidos com as religiões do passado.

Fazem-se promessas, cumprem-se rituais na esperança de que os espíritos ou Deus concedam-lhes um favor qualquer em troca de seus esforços externos, que presumem sobrepor-se aos valores internos. Pensamentos assim resultam de uma educação religiosa deficiente e advêm de hábitos seculares que perduram nos dias atuais e carecem de uma análise mais profunda. Os indivíduos que agem com base nessas premissas evitam reconhecer sua responsabilidade nos acontecimentos que os atingem e pensam enganar a Deus com seu jeito leviano e irresponsável de tratar as questões espirituais. Fatalmente se decepcionam ao constatar que aquilo que queriam não se realizou e que as focas sublimes da vida não se dobraram aos seus caprichos pessoais.

Os problemas apresentados pela vida têm endereço certo, e não há como transferi-los para os espíritos resolverem. Se determinada luta ou dificuldade chega até você, compete a você vencê-la. Na sede de se livrar do processo educativo ministrado pela vida, meus filhos(as) esperam que , os espíritos, possam isentá-los de seus desafios. Isso é irreal. Não detém o poder de transferir de endereço a receita de reeducação que vem para cada um. Nenhum espírito minimamente esclarecido poderá prometer esse tipo de coisa sem comprometer o aprendizado individual.

Foram chamados pelo Pai para auxiliar meus filhos(as) apontando o caminho ou a direção mais provável para alcançarem êxito na construção de sua felicidade.

Vejam como exemplo a atuação do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo matando a sede e a fome de multidões, ele não arranjou emprego para ninguém. Curou e restabeleceu a saúde de muitos que nele acreditaram, mas não libertou ninguém das conseqüências de seus atos e escolhas.
Sabendo das dificuldades sociais da época, não tentou resolver questões que somente poderiam ser transpostas com o tempo e o amadurecimento daquele povo. Em momento algum o vimos a prescrever fórmulas para dar fim a desavenças de ordem familiar, socioeconômica nem tampouco emocional, recomendando meios de trazer o marido de volta ou fazer a pessoa amada retornar aos braços de quem deseja. Uma vez que ele é o Senhor de todos os espíritos e não promoveu coisas nesse nível, como podemos nós, seus seguidores, sequer cogitar realizá-las?

O que podemos deduzir das atitudes de Nosso Senhor, meus filhos(as), é que, se ele não se dispôs a realizar tais demandas, que na época certamente existiam, é porque a natureza de seu trabalho era outra. Mesmo debelando os males, prestando o socorro que podia, ele não eximiu a população de enfrentar seus desafios. Quem recebeu o pão voltou a ter fome e inevitavelmente teve de trabalhar para suprir as próprias necessidades; quem foi curado teve de aprender a valorizar a própria vida, pois outras enfermidades viriam mais tarde; quem Jesus ressuscitou dos mortos desencarnou mais adiante.

Em suma, o processo de reeducação a que conduzem os embates da vida é tarefa de cada um. Cristo Nosso Senhor apenas indicou a direção, mas cabe a cada seguidor palmilhar o caminho com suas próprias pernas, avançando com passos seguros e resolutos em seu aprendizado.

Através desse raciocínio, meu filho(a), você poderá compreender a razão pela qual não há proveito em recorrer aos espíritos para livrá-lo do sofrimento ou isentá-lo de dificuldades. Esse é o caminho do crescimento na Terra, e não há como fugir às próprias responsabilidades ou transferir o destino das tribulações.

A dívida acorda sempre com o devedor, não há como se furtar a essa realidade.


Capítulo do livro Pai João, da Casa dos Espíritos Editora.
(livro Alforria reeditado)

sábado, 21 de maio de 2011

PEDRAS E CILADAS

A mediunidade, assim como qualquer outro caminho espiritual, é um caminho que deve ser trilhado com passos firmes, discernimento e esforço, para que ele realmente possa ser aproveitado e contribua para o engrandecimento do espírito. Muitas dificuldades assolarão o médium, desde seu desenvolvimento, até o fim de seu mandato mediúnico. Mas não esqueça, que são essas pedras e ciladas, verdadeiros professores da escola física.

A pedra da descrença, que testará sua fé e seu amor dentro do mediunismo. Que te ensinará a não esperar por milagres e fenômenos, mas sim, buscar o desenvolvimento interno, a evolução e melhoramento da consciência dentro dos trabalhos mediúnicos.
Essa pedra que muitos atirarão sobre você, e que fará você desenvolver o sorriso e a paciência verdadeira. Mais do que isso, fará você desenvolver confiança em si mesmo e no seu trabalho, passo primordial para o despertar da fé viva. Apenas com a descrença, aprendemos a confiar. Não mais com a mente, mas ouvindo e vivenciando o coração.

“Acredite em seu coração!
Nesse congá interno;
Jacutá lindo e belo,
As flores dos Orixás desabrocharão...”

A cilada da vaidade, que desmascarará o tolo ego, expondo-o ao ridículo do individualismo. Mediunidade é um trabalho coletivo, uma ação universal, que visa o Todo, nunca o eu. É vencendo a vaidade que o médium dá provas de maturidade dentro das lidas de intercâmbio espiritual. É atravessando esse pântano do orgulho humano, que desenvolvemos a simplicidade, qualidade tão negligenciada em dias de materialismo tão ferrenho, onde mais vale o que se vê e o que se tem, do quê, o que se sente e o que se é.

“Ego, ego, que quer dominar,
Ego bobo, que a realidade gosta de enfeitar.
Nego véio senta no toco,
Pra simplicidade ensinar.”

A pedra da crítica maldosa, que lhe mostrará como nossos olhos devem ser bondosos em relação ao semelhante e como palavras duras, impulsionadas pela imaturidade dos sentimentos, podem gerar grandes tristezas.

São as pedradas críticas que lhes farão compreender o valor do respeito em relação ao semelhante. Tranqüilo, vença essas críticas, não com força bruta, mas com a serenidade de Oxalá. Lembre-se, elas estão aí para te ensinar.

“Limpa os olhos meu filho,
Pra verdade você ver.
Limpa a boca menino,
Pra maldade perecer.”

A cilada do conhecimento, que se é muito bom e pode acabar com a ignorância, não santifica ninguém. Conhecimento não é um fim em si mesmo, mas um pequeno passo para a escola da sabedoria. Quando o conhecimento nos mostra que nada sabemos, faz com que sejamos mais tolerantes com a ignorância alheia e, muito além de ser material teórico, ganha forma prática em nossa vida. Mas, quando a arrogância faz morada nas palavras e a soberba nas posturas diárias, então o conhecimento será um grande empecilho para a realização espiritual.

“Aprender, estudar e conhecer,
Trilhar o caminho com valentia...
Mas afinal, que livro poderá conter,
A divina e verdadeira sabedoria?”

A pedra da ingratidão, que nos ensina o serviço desinteressado em recompensas, o agir pelo bem, puro e simples. A mediunidade é um milagre, uma dádiva amorosa dos Orixás, mas que não premia ninguém. O trabalho mediúnico é abnegação, desprendimento, altruísmo, caridade, mas não é uma cruz a ser carregada, ou uma missão sofrida. O mediunato deve ser cumprido com um sorriso alegre e uma expressão de felicidade no rosto. Ele é uma dádiva. Nada se ganha com ele, mas ele faz um bem danado!
Trabalhar, trabalhar e trabalhar...
Sorrir, sorrir e sorrir...
O que mais você quer?
O que mais a mediunidade pode lhe dar?

A cilada do lobo, disfarçado em pele de cordeiro. A negação da sombra psicológica, com posturas superficiais. O falso pregar, o agir hipócrita e doentio. Lembrem-se: Toda palavra que sair da sua boca, deve ganhar forma em sua vida. Caso contrário ela não tem razão de ser. É uma pérola jogada fora.

“Palavras e palavras...
Todas jogadas ao vento.
Mais vale as ações concretas,
Tomadas no meio do silêncio.”

Muitas outras pedras serão atiradas, ou vocês mesmos atirarão no semelhante. Mas são dessas ações imaturas que nascerá a reflexão séria que leva a maturidade. Não se julgue mal e perdoe seu irmão de jornada. A mão que atira a pedra é a mesma que lhe ensina. Já quando for a sua mão a criminosa, pense por mil vezes a respeito disso. Nesse caso, é o alvo que lhe ensina.

Ciladas, também serão constantes. Algumas tentadoras, outras misteriosas, mas todas perecíveis à luz do coração. Ele é seu guia. Acenda-o e guia-te pelos caminhos tortuoso da Terra. No amparo espiritual estará sua maior força. Confie, ore, vigie e acredite!

Pedras e ciladas não faltarão!
Mas é na dificuldade,
Que aprendemos a ouvir o coração...”

Pai Antônio de Aruanda
– Mensagem recebida por Fernando Sepe
em 22 de novembro de 2006.

quarta-feira, 18 de maio de 2011


ERVAS NA UMBANDA



Porque estudar ervas na Umbanda?

Porque as ervas estão presentes em todas as religiões, dentro de todos os rituais religiosos, desde sempre. E a Umbanda é a religião da natureza. Da natureza elemental e da natureza humana.

As ervas são organismos vivos. Há uma vida espiritual contida em cada erva. Isso é chamado de *Imanescência Divina, o espírito vivo de Deus que anima tudo. Dos elementos da natureza o mais parecido com o da natureza humana é o vegetal, pois ele nasce, cresce, se reproduz e morre. Esse espírito vivo possui características energéticas definidas pela vibração passada aos organismos à sua volta. Essa vibração magnética é polarizada, ou seja, pode ser positiva ou negativa. Então, uma erva é atribuída a um orixá por analogia vibratória. Energia que está presente na vibração do orixá com a energia que está presente na vibração da erva.

Para o uso correto de uma erva é necessário saber: o nome da erva e o verbo atuante. **Verbo é o poder realizador divino, é o poder de transformação, consequentemente é magia. O que movimenta ou ativa o poder realizador é o propósito, a intenção.

Uma mesma erva pode proporcionar mais de um poder realizador. Como exemplo a hortelã que é antigripal, vermífugo, estimulante, refrescante, etc.

Uma mesma erva pode ser atribuída a varios orixás. Não pela sua cor, seu formato ou seu visual, e sim pela vibração. Afinal, os orixás estão ligados entre si.

Pode-se usar ervas frescas ou ervas secas. A erva fresca carrega em si a imanescência divina, o fator vegetal e o fator aquático. A erva seca carrega todos os fatores anteriores e mais ainda o fator concentrador, pois sofre o processo de desidratação. Qual é a melhor?

A melhor é aquela indicada pelo seu guia ou protetor de acordo com a necessidade. Ou ainda, nos dias corridos de hoje, a que está mais fácil de se obter. Também sempre lembrar que a lua influencia na quantidade de água na planta. Em luas cheias e crescente haverá mais água nas folhas, e em luas nova e minguante, nas raizes.

As ervas são classificadas como Quentes ou Agressivas, Mornas ou Equilibradoras e Frias ou Específicas. Isso não é uma classificação de acordo com a temperatura da erva, e sim de acordo com seus fatores.

As ervas quentes ou agressivas carregam o poder de agredir estruturas energéticas negativas. Dissolvem larvas astrais, miasmas e cascões energéticos. São muito usadas pelos exus, pelo campo de ação deles, pois atuam na natureza humana, nas linhas de choque (demandas, magias negativas, projeções mentais, etc.). Seus verbos mais utilizados são: limpar, consumir, purificar, dissolver, descarregar. Exemplos mais comuns de ervas quentes: cacto, urtiga, arruda, guiné, comigo-ninguém-pode.

As ervas mornas ou equilibradores carregam o poder de equilibrar, tornar magneticamente receptivo, adequar o padrão energético para não atrair o semelhante. Reconstitui a aura que pode ter sido “esburacada” por cargas negativas. Seus verbos mais utilizados são: equilibrar, manter, adequar, fluir, restaurar, energizar. Exemplos mais comuns das ervas mornas são: hortelã, alevante, sálvia, alfazema, alecrim.

As ervas frias ou específicas tem o seu poder de atuação depois de limpar e de equilibrar. São usadas para mediunidade, para atrair bons fluidos, para prosperidade, para fitoterapia, etc. Exemplos mais comuns de ervas frias são: rosa, anis, jasmim, malva, café, louro, melissa, manjericão.

Observar que uma erva pode ser ao mesmo tempo quente, morna e fria, pois carrega mais de um fator realizador. Os padrões energéticos se complementam, nunca se anulam. Então, por exemplo, pode-se associar o uso de todas elas na preparação de um banho. Neste caso volto a frisar a palavra mágica “intenção”. Sempre colocar intenção no uso de uma erva. E esperar o merecimento...

Quando é falado em erva subentende-se toda a planta: raiz, caule, folhas, frutos e sementes. Existem também as resinas, que são a seiva vegetal endurecida extraídas da casca das árvores, muito usadas em defumações.

Sabendo de tudo isso, estaremos mais qualificados para preparar nossos banhos, para entender o uso de uma defumação, entender o uso das ervas em um amaci, e o uso do fumo pelas entidades na Umbanda.

Simone Omolubá de Iansã
Umbanda Online

sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 DE MAIO - SALVE TODOS OS PRETOS VELHOS








UM DIA MUITO IMPORTANTE PARA A UMBANDA E OS UMBANDISTAS EM 

GERAL !

UMA DAS ENTIDADES MAIS CARISMÁTICAS DA UMBANDA NO BRASIL.

SE VOCÊ PRECISA DE UM PASSE ? PROCURE UM CENTRO DE UMBANDA !

SE PRECISA DE UM CONSELHO ? PROCURE UM CENTRO DE UMBANDA !

SE PRECISA DE UM BENZIMENTO? PROCURE UM CENTRO DE UMBANDA !

OS ATABAQUES VÃO BATER MUITO ALTO !

COMO DIZEM OS PRETOS VELHOS DE UMBANDA : 

 CURIMBA DE PRETO VELHO COMEÇA QUANDO O DIA AMANHACE !!! 

HOMENAGEM À TODOS OS PRETOS PRETAS VELHAS NO DIA ... 13 DE MAIO ...

SARAVÁ UMBANDA !

VIVA AS ALMAS !