segunda-feira, 29 de março de 2010

INAUGURAÇÃO DO BLOG ! 30 de Março de 2010 !

CAMINHOS - (SIDNEI PIEDADE)


Existem tantos caminhos onde as gerações transgridem e ninguém ousa fechar_lhes as portas. Pois colocamos em riscos as nossas vontades soberanas que nem sempre seguem os caminhos que traçamos. Mas....quando chega a saudade juntamente com a noite....temos vontades de chorar, pois o ódio se espalhou pelas cidades onde há um clima de violência no ar. Mas em silêncio tanta dor não cabe....existindo um vazio de ternura ao nosso redor, onde a saudade é consumida no ar. Tudo se equipara a uma liturgia....nada se faz....nada se arrisca....pois num país sem artérias , não há sucessos e nem partidas.

CENSO 2010

AOS MÉDIUNS UMBANDISTAS




AOS MÉDIUNS UMBANDISTAS



Estudem para melhor praticar a caridade.

Entre um instrumento mediúnico que não se instrui e outro que está
sempre ampliando os seus conhecimentos, ambos com a mesma cota de amor
no coração, para servir ao próximo, qual terá mais valia para os
espíritos desencarnados que os assistem, neste momento de expansão da
consciência da comunidade umbandista?

Consciência é para ser assumida, e não escondida.

Desse modo, aprenderão muito mais conscientes, com o guia "atuando" no
psiquismo, do que com a insensata busca da inconsciência por métodos de
iniciação artificiais que paralisam a evolução do médium.

Mediunidade mais "forte" não é a que "apaga" a mente do medianeiro, e
sim a que acende a chama do pensamento, amparado pelo aprendizado
constante entre nós, do Além, e vocês, cujos pés estão fincados na
Terra.

Portanto, chegou a hora de evoluirmos juntos.

Os ponteiros cósmicos do relógio da Justiça Divina indicam que o tempo em que o guia espiritual fazia tudo acabou.

Deixo aqui um afago amoroso deste "velho" pastor, para todos os filhos do planeta azul.


Caboclo Xangô das Sete Montanhas


do livro:

AS CAUSAS PRINCIPAIS DAS QUEDAS E FRACASSOS DE MÉDIUNS







Esses são assuntos dos quais todos se escusam de falar, ou de escrever, e quando o fazem, é por alto e indiretamente. Vamos abordar o assunto de maneira mais clara possível, a
fim de levar um alerta a todos os nossos irmãos umbandistas,
principalmente àqueles que estão predispostos a caírem nesses erros,
visto termos esperanças de que essa advertência venha trazer luz em cada
espírito, e ainda possa chegar a tempo de cada um recuar para a sua
regeneração. Não queremos, de maneira nenhuma, nos arvorarmos de juízes
das causas alheias, visto termos também nosso débitos com o astral
superior, mas sim, após anos de trabalho, termos observados médiuns
fracassando ou caindo, incorrendo em erros elementares e, para se
reabilitarem, continuando na prática de suas mazelas, culminando em suas
quedas, muitas vezes sem retorno. Temos observado que a maioria desses
médiuns vivem um tormento interior, como labaredas de fogo a
queimar-lhes a consciência, e eles não têm forças para se reerguerem,
visto estarem presos nas garras dos marginais do baixo astral e
dificilmente conseguem se libertar de suas mazelas e, ainda por cima,
sendo alertados pelos seus Guias Espirituais constantemente, nada
fazendo para se libertarem das garras desses magos negros, por estarem
atolados até o pescoço no pantanal da ignorância do astral inferior,
pois também estão contribuindo, e muito, não mantendo uma vida ilibada e
com moral. Isso acontece devido à lei de atração, onde semelhante atrai
semelhante. Os quiumbas já se deram conta de que esses médiuns estão
praticando atos que são de comum acordo com a confusão que rege os
reinos inferiores, fazendo assim com que surja um casamento fluídico
médium/quiumba, pois os dois estão em sintonia vibratória. É muito
difícil se libertar de um quiumba, ainda mais quando nós fomos a causa
da aproximação desse quiumba por atração fluídica. E quando esse
casamento fluídico perdura por anos a fio, o sistema neuro-
psíquico-mediúnico torna-se denegrido, fazendo com que os seus Guias
Espirituais não tenham condição de aproximar-se, pelo fato de não haver
mais simbiose espiritual entre médium e Guia Espiritual. O caso mais
grave é quando os Guias Espirituais se afastam devido às causas morais, e
o médium, mesmo com os alertas, prefere continuar em seus erros, ou
seja, não existe renúncia e nem remorso por parte do médium, preferindo
esse continuar a sua caminhada, incorrendo nas mesmas causas que o
levaram para o astral inferior. Só existe um meio de se libertar, e esse
meio só o médium pode realizar, pois não terá ajuda direta a não ser
subsídios, conselhos, orientações, para assim por si só se reerguer,
fazendo com que o seu sistema mediúnico-espiritual se eleve novamente e
entre em contato com os planos superiores. Será necessária uma intensa
reforma íntima, acrescida de renúncia dos erros passados, muita oração e
prática dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente
na realização da caridade desmedida e constante. Para nos situarmos,
vamos abordar três aspectos principais, pelos quais o médium se
precipita nos abismos da queda mediúnica. Embora não podemos nos
esquecer dos demais erros e vícios tão divulgados pelos Guias
Espirituais, os quais devemos estar em alerta para não adquiri- los. • A
vaidade excessiva, que causa o entusiasmo, por nos sentirmos especiais
em tudo o que realizamos, abrindo os canais mediúnicos a toda sorte de
influência negativa. • A ambição pelo dinheiro fácil, que vem através
dos agrados que recebemos devido a um bem efetuado a alguém, ou por
algum trabalho realizado, fazendo com que o médium veja a facilidade de
adquirir bens materiais em troca de favores espirituais. Em decorrência
disso, existe a possibilidade de crescer no interior do médium a
ambição, fazendo com que cada vez mais faça cobranças em tudo e por
tudo. • A condição sexual incontida, que lhe tira a razão, pelo fato de
ser uma das energias mais poderosas existentes no plano terrestre, e ser
uma energia geradora, criativa, e recheada de desejo. O que acontece é
que começa a existir interesses vários, onde o desejo e a sensualidade
tomam a frente, quando o fascínio existente pelo sacerdote toma um rumo
diferente do que devia ser. O mesmo acontece com o corpo mediúnico, ou
fora do Templo, onde começa a existir outros interesses que não seja a
fraternidade, ou o puro sentimento. No caso da vaidade excessiva, tem
seu início na prática mediúnica. Quem tem o dom mediúnico o traz de
berço, pois adquiriu através de sucessivas encarnações o direito de
externar, por herança, os dons de Deus. Em certa altura da sua vida, a
mediunidade começa a aflorar, e eis que surge o Caboclo, o Preto-Velho, o
Baiano, o Boiadeiro, e assim por diante. Com o desenvolver da
mediunidade, começam a surgir os fenômenos tais como curas, descarregos,
aconselhamentos certeiros, conhecimentos irrefutáveis; e são tantos os
casos positivos trazidos pelos Guias Espirituais, que se dá o início ao
surgimento da vaidade no médium. Esse se acha possuidor de todos esses
conhecimentos e não mais o Guia Espiritual. Também existe o caso do
médium achar que o seu Guia Espiritual é o mais poderoso. São tantos os
casos positivos que acontecem em volta desse médium, que em torno do
mesmo forma-se uma corrente de admiração e, muitas vezes, de fanatismo
também. As pessoas em torno desse médium, diante de tudo o que vêem,
começam a bajulá-lo, a agradá-lo com presentes e com isso vão
inconscientemente incentivando a sua vaidade. Isso acontece com o
médium, muitas vezes, pelo fato do mesmo ser ignorante de conhecimento, e
algumas vezes se recusa a estudar o mediunismo, suas causas e
conseqüências. O Guia Espiritual do médium faz de tudo para alertá-lo
das conseqüências dos seus atos (respeitando o seu livre-arbítrio),
através de sinais, alertas, conselhos, intuições, etc. Mas, como o
médium está predisposto a vaidade, deixa de escutar o seu Guia
Espiritual, e chega ao ponto de se julgar o tal, um mestre, um
escolhido, um mago, um semi-deus, e que a força é dele, chegando a
pensar que é propriedade sua. O médium vai crescendo em vaidade, devido
às pessoas o respeitar e acatá-lo em respeitoso silêncio, sem
questionar, e aí vai crescendo as exibições mediúnicas. O que acontece
nessa altura é que o médium já perdeu o contato mediúnico de fato,
exercendo tão somente o animismo. O grave é quando o médium está
mediunizado por um quiumba; aí sim é a queda total dele e dos que estão a
sua volta. As portas da sua mediunidade estão abertas às influências
negativas e toda sorte de manifestações magísticas destrutivas. Com o
tempo, o médium vai se acostumando com os fluidos dos quiumbas, e não
quer perder o cartaz por nada nesse mundo. Porém, os fenômenos antes
efetuados por manifestações mediúnicas positivas, não mais acontecem, e
as pessoas ao seu redor já começam a olhá-lo com certo desprezo e se
afastam, fazendo todo o tipo de comentário negativo, embora num passado
tenham se beneficiado desse médium. O médium que se entregou à vaidade
excessiva se torna um sofredor, pois começa a perceber que para
incorporar já começa a ter que representar e o tormento toma conta de
sua cabeça. Aí entra a descrença, que é o golpe fatal para a sua pessoa.
No caso da ambição pelo dinheiro fácil, devemos diferenciar o médium
que cai pelo dinheiro fácil e os que podemos incluir aos milhares, que
são os espertalhões, que usam o nome da Umbanda e de suas entidades a
fim de explorarem a ingenuidade das pessoas de todas as maneiras. Esses
(espertalhões) são bem reconhecidos, pois seus “terreiros” são vistosos,
com roupas multicoloridas, uma grande profusão de “guias” no pescoço e
outros adornos que sabemos serem desnecessários em nossos cultos. Vivem e
fazem de tudo um ganho, seja em dinheiro ou facilidades na vida.
Costumam fazer festas por quaisquer motivos, todas regadas a
excentricidades no visual, muita bebida alcoólica e carnes, muitas
vezes, levando essas festas religiosas em ambientes profanos, a fim de
angariarem um grande número de admiradores e outros tantos que gostam de
se apresentarem e se mostrarem em público a fim de terem
reconhecimento. Tudo nesse ambiente é movimento, encenação, panorama e
desfile. Por ali, tudo se paga. Desde uma consulta, até os tais
despachos e ebós. Até a famosa camarinha, onde vêem mediunidade em
todos; e aja firmar “santo” na cabeça das pessoas. São antros de
exploração, que chafurdam o nome sagrado da Umbanda, a pecha de grupo
folclórico, a atenderem seus mais mesquinhos interesses. São verdadeiras
arapucas, onde tudo é duvidoso. Dentro da Umbanda, é sabido que a
prática da magia branca faz parte, como um recurso Divino, para atender a
necessidade prementes de seus filhos. Para a feitura de algumas magias,
há necessidade de certos materiais, que corretamente devem ser
adquiridos pela pessoa beneficiada. Muitas vezes, no caso de um
consulente sem condições, damos o que temos. Quando realmente há
necessidade dessa magia, os nossos Guias Espirituais pedem o material
necessário à pessoa, sem grandes desmandos, satisfazendo a “Lei de
Salva”. Tudo o que é manipulado pelas nossas entidades espirituais
costumam sempre dar certo, pois tem o discernimento necessário para
saberem o que necessitamos. Disso tudo surge um grave problema, pelo
fato das pessoas que perambulam pelos “terreiros” encontrarem uma grande
facilidade, achando que é só fazerem um trabalhinho para resolverem a
sua vida. Grande ignorância, quem assim pensa. Temos que nos reformar
interiormente, seguindo os passos e os ensinamentos de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Antigamente, devido à má informação e formação de
sacerdotes e médiuns conscientes da realidade espiritual, muitos faziam
do “despacho” ou de “tais trabalhinhos” uma panacéia para tudo. Era só
ter um probleminha ou problemão, seja ele qual for que imediatamente
tinha um despacho para resolver tal questão. E haja despacho pra tudo.
Tudo era resolvido no despacho. E hoje a coisa somente mudou de nome.
Trocou-se o nome despacho para magia. Tem magia pra tudo. É só ter um
probleminha ou um problemão, seja ele qual for que imediatamente acha-
se uma magia para resolver tal questão. Pode? Quero ver alguém encontrar
um despacho ou magia para despertar nossa fé, nosso amor, nossa
devoção, magia para ser bondoso, caridoso, humilde. Magia para se
efetuar reforma íntima, para perdão. Magia para se espiritualizar, ter
moral, ter vida ilibada. Não vêem que essas tais magias é tão somente
para coisas matérias? Para facilitar a vida material? Não vêem que
muitas dessas magias são utilizadas em momentos de revoltas, demandas,
ódios, retorno. E até (pasmem): “clonar” espíritos. Infelizmente, é fato
real, que na Umbanda estão aparecendo muito mais “magos” e “mestres”,
do que servidores agradecidos, somente interessados em servir a
espiritualidade, tudo fazendo para a honra e a glória de Deus. É muito
cacique pra pouco índio. No começo, o médium obedece tão somente o que
suas entidades espirituais pedem para a realização de uma magia. Com o
tempo, esse médium começa a observar e pensa seriamente na facilidade do
dinheiro. Então, ele entra na “Lei de Salva”, tão conhecida pelos
magistas, e abusa dessa lei em benefício próprio. Aí começou a imperar
nesse médium a ambição pelo ganho fácil, quando começa a exceder na “Lei
de Salva” (dentro da magia), dando a desculpa que necessita do dinheiro
para o seu anjo da guarda, para o cambono, ou para “pagar o chão”.
Concordamos que deva haver uma remuneração suficiente para o médium
adquirir materiais necessários que consta de certo número de velas,
elementos da Natureza, ou mesmo uma certa quantia de dinheiro suficiente
para que o médium que realizou o trabalho possa utilizar esse dinheiro
para a sua locomoção, ou mesmo comprar materiais necessários à
manutenção da sua vida espiritual, e nunca para sustentar seus vícios e
luxos. Geralmente, pedimos ao interessado o material necessário à
feitura da magia e juntamente uma pequena quantidade de velas ou outros
materiais necessários utilizados no Templo. Quanto à locomoção, pedimos
gentilmente ao interessado que nos forneça uma condução. Quando o
interessado esta passando por dificuldades financeiras que impedem a
compra dos materiais para a feitura da magia, doamos de bom grado o que
temos. Jamais aceitamos dinheiro como paga ou mesmo agrado; Se houver
interesse da pessoa em doar alguma coisa, que faça espontaneamente ao
Templo ou a alguma entidade assistencialista, e não ao médium. As
pessoas, pelo fato de quererem uma melhoria de vida em todos os
sentidos, pagam o que for para que seus problemas sejam resolvidos. Aí
está o perigo. Em primeiro lugar, devemos esclarecer que magia só deve
ser usada quando a pessoa não tem competência momentânea para resolver
seus problemas. Nesse momento, fazemos uso da magia para levantar essa
pessoa. Depois do problema urgente resolvido, vamos para a reeducação da
pessoa, reforma íntima, com conselhos, e tudo ordenado dentro de um
conhecimento elevado, principalmente no Evangelho de Jesus. Nesse
momento, o médium, já começando a fazer trabalhos por conta própria e
tudo, geralmente direcionado com Exu e Pomba Gira, vai utilizando
materiais cada vez mais pesados (sangue, carnes, ossos, etc.),
chafurdando tanto ele como a pessoa beneficiada, incorrendo aí no risco
de criar ligações perigosas com o que de mais baixo existe no astral
inferior. Quando esses ditos trabalhinhos saem da linha justa da magia,
até Exu e Pomba Gira se afastam do médium. O seu Guia Espiritual, como é
de praxe, já o alertou várias vezes e ele não deu ouvidos, pois o
dinheiro está entrando que é uma beleza. Por ele estar cego e surdo, não
ouve a ninguém e, aí, o seu Guia respeita a sua escolha, pois é sabedor
da lei do livre-arbítrio. Quando numa necessidade verdadeira, esse
médium clama por seu Guia Espiritual, aí ele vê que não tem resposta,
fica abalado. Começa a perceber que o que está à volta dele são
verdadeiros e poderosos quiumbas. Esse médium começa a fazer tudo o que
pode e sabe para o seu Guia voltar, e nada. Mesmo assim, não larga do
dinheiro fácil, pois está afundado na ignorância espiritual, quando
percebe que esse dinheiro é um dinheiro maldito, pois as conseqüências
são nefastas. O fim de todos eles é muito triste. Entram nos vícios,
falta de emprego, perdem tudo o que tinham na vida, pois os Sagrados
Orixás os Guias Espirituais e os Guardiões não acobertam erros de
ninguém; esses médiuns se desiludem com a religião, culpando-a dos seus
problemas e, perdendo sua fé na Umbanda, vão a procura de outras
religiões, a fim de se refazerem da desgraça que adquiriram em suas
vidas. Mas mesmo assim, devido à soberbia, não assumem seus erros e
culpam a um pretenso demônio, o qual desgraçou sua vida, pois estavam na
religião errada, sob a influência desse demônio que dirigia aquela
religião. Geralmente acabam virando ex-pais, ex-mães e ex-filhos de
encosto, o que não deixa de ser verdade, pois esses médiuns nunca
serviram a Deus, aos Orixás e nem aos Guias Espirituais e Guardiões
verdadeiros, mas sim, a encostos. Deviam sim, observarem que Deus lhes
deu uma oportunidade bendita e redentora na prática da caridade
desmedida através da mediunidade redentora, e eles, por ignorância e
muitas vezes maldade, praticaram os atos mais absurdos, tudo em nome da
Umbanda. Não se esqueçam que somos espíritos endividados, que estamos
encarnados todos sob a pele do cordeiro (que é o nosso corpo). Todos têm
a mesma oportunidade para se erguerem, mas não temos condições de
observarmos quem é quem; aí que cada um semeie bem, pois Jesus disse: “A
semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, “e cada um vai colher
aquilo que plantou”. “Quem semeia somos nós, mas quem colhe é Deus Pai
Todo Poderoso”. O terceiro e último caso é o sexo fácil. Esse é um dos
aspectos mais críticos e perigosos, e um dos mais difíceis de ser
perdoado. Temos visto, em nossa caminhada pela Umbanda, vários médiuns
caírem pelo sexo. Inclusive atualmente, médiuns “famosos”, casados,
utilizando-se de sua influência e aproveitando a carência afetiva de
algumas irmãs iludidas por acharem que estão sendo “amadas” por alguém
“iluminado” (os famosos semi-deuses, mestre, magos ou orixás
encarnados), forçam uma situação, e aproveitam-se sentimentalmente e
sexualmente, satisfazendo seus sórdidos desejos. Esses casos são
difíceis de serem perdoados, porque a moral do médium fica na lama em
que ele mesmo se sujou. Por mais que tente, nunca vai conseguir apagar a
lembrança dos atos cometidos e sempre vai ter alguém a lembrá-lo de sua
queda, pois iludiram, enganaram e usaram pessoas desequilibradas em
seus sentimentos. É uma mancha que, mesmo que nos reabilitemos, nunca
será apagada. Devido aos envolvimentos existentes com bajulações e
fanatismo, ele constantemente é endeusado. Daí, para receber elogios do
sexo oposto (ou do mesmo sexo) fica visado, e tem a propensão para se
deixar fascinar, quando se vê numa pessoa muito apessoada. Quando
trabalhamos na luz, constantemente somos combatidos pelo baixo astral,
que envia todas as formas existentes, principalmente em nossas
fraquezas, para que caiamos. Lembre-se de Jesus: “Orai e vigiai, para
não cairdes em tentação”. Logo, quando o baixo astral vê uma brecha, e
essa brecha é uma forte predisposição sexual, é aí que eles vêem a
oportunidade de atacá-lo. Lançam mão de todos os recursos, até
conseguirem seus objetivos. O médium que está desavisado, por ignorância
espiritual, ou mesmo por ter o espírito doente, cai nas malhas do baixo
astral, e se entrega ao sexo desmedido dentro do ambiente religioso.
Como temos dito, o médium é constantemente avisado pelos seus Guias
Espirituais sobre todos os aspectos que o cercam. Estão sempre
vigilantes, mas acontece que esse médium, usando de seu livre- arbítrio,
já dentro de uma incontida predisposição ao sexo, cai e vira as costas à
moral, repelindo automaticamente toda influência benéfica que poderia
tirá-lo de sua caída. Tanto pela forte incontinência sexual, como por
uma sexualidade irrefreável com os médiuns do “terreiro”, não há
desculpas. A caída do médium, pelo fato de se relacionar sem moral com
os médiuns do “terreiro”, ocasiona seu fracasso, e nesse caso não há
desculpas. Quando o médium começa a sofrer as conseqüências do seu ato
insano, vai à procura de Guias Espirituais de outros médiuns, a fim de
resolverem seus problemas. O Guia Espiritual, como é sabedor da questão,
diz que: “em surra de Guia, eu não ponho a mão” ou “quando Caboclo
bate, não reparte pancada”. E haja punição. Após algumas disciplinas
necessárias, alguns desses médiuns se emendam, ficam com medo, e
procuram não mais errar, e se voltam às linhas justas dos trabalhos
espirituais. Porém, a maior parte desses médiuns, mesmo passando por uma
disciplina, não se emendam e continuam praticar os mesmos atos, como se
nada houvesse acontecido e infelizmente acabam denegrindo a imagem de
suas vitimas, geralmente dizendo que eles é que estavam sendo seduzidos
por uma pessoa inescrupulosa e que essa pessoa é uma servidora das
trevas para destruí-lo.. Então os Guias Espirituais vêem que não há mais
jeito, e se afastam do médium, deixando-o a mercê da sua própria sorte.
Uma coisa é verdade. Nenhum desses médiuns fracassados ficou com o seu
Guia Espiritual em sua guarda, pois erraram e persistiram no erro. O que
acontece muito é que esses médiuns costumam dar a desculpa que estão
com uma demanda em cima deles, muito forte. A força de pemba é tão
grande em cima desses médiuns, que rapidamente fazem com que percam sua
fé na Umbanda, e o redirecionam a outra religião, pois aqui não souberam
sorver a Espiritualidade Superior emanada de nossos Guias Espirituais.
Creio que todos tenham entendido bem tudo o que aqui está escrito, e
compreenderam bem, pois não é o erro em si, porque errar é humano e
todos podemos errar um dia. A questão é cometer o mesmo erro, é
persistir nos mesmos erros. Os nossos Guias Espirituais não são
carrascos, mas não podem acobertar nossos erros, e nem a repetição dos
mesmos. Outro fato, até corriqueiro no meio Umbandista é quando temos
pessoas ao nosso lado, dizendo serem nossas amigas, e quando, por
qualquer motivo se afastam de nós, acabam tornando-se “inimigas” e a
partir daí, tudo o que acontece de ruim na vida daquela pessoa é por
força de demanda. A mínima dor de cabeça, falta de dinheiro, mal estar,
sempre será culpa do outro médium ou do outro terreiro que esta
demandando com ele, querendo destruí-lo. Inclusive, acontece também o
fato de que outras pessoas que também se afastaram daquele terreiro,
achegando-se àquela pessoa, através de comentários e fofocas, com suas
mentes conturbadas acabam sendo alertadas por aquele individuo que estão
com uma demanda, também mandada por aquele terreiro e assim a corrente
da discórdia e das mentiras vai crescendo assustadoramente. O baixo
astral, astuto e inteligente, apossa-se desses médiuns incautos e
através de persuasão mental acabam convencendo-os da realidade das
demandas, inclusive fazendo até “vários videntes” verem a demanda sendo
feita. Com isso, o médium incauto acaba realizando magias defensivas e
ofensivas, cometendo injustiça e ai sim, caindo de vez nas malhas do
baixo astral que sai vitorioso. O baixo astral é ardiloso e faz tudo
para convencer as pessoas, utilizando todos os meios a fim de
convencê-la, para que acredite estar sendo prejudicada por outros. A
coisa é grave, pois esses médiuns incautos ainda não aprenderam o
Evangelho, o amor, a bondade, o perdão e a fé. Quem é sabedor da Lei da
Causa e Efeito e da Lei do Retorno, jamais deveria levantar sua mão
contra ninguém, pois teria a certeza de que a providência Divina estaria
do seu lado.



A IMPORTÂNCIA DO SAUDAR






O Umbandista respeitoso e religioso deve sempre que entrar em um Centro, Saudar respeitosamente as Forças que sustentam aquele Centro e o próprio médium.
Deve-se no primeiro momento Saudar as Forças dos Srs. Guardiões e das Sras. Guardiãs assentadas na Tronqueira agradecendo a permissão de sua entrada naquela Casa Santa, agradecendo o recolhimento e encaminhamento
de espíritos negativos que é realizado no ato da “simples” saudação,
agradecendo a guarda, a força e a proteção que ELES realizam. Em segundo
momento Saudar o Congá e o Altar, local Sagrado de um Centro que deve ser respeitado e é onde se
realiza a grande troca de energia, pois todas as Irradiações Divinas
estão sendo projetadas sobre todos aqueles que reconhecem o Poder
Divino.
O ato de “Bater Cabeça” não deve ser um “costume”, mas sim uma atitude de reverência diante dos Sagrados Orixás, é nessa hora que comungamos com Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluayê e Iemanjá
pedindo que mantenha nossos olhos fechados para o ciúme, para o egoísmo
e para a inveja, que mantenha nossos ouvidos fechados para a intriga e
para a curiosidade que alimenta a fofoca, que mantenha nossos corações
abertos para o amor, para a fé, para a compaixão e para a esperança,
que mantenha nossa mente aberta para o discernimento, para a sabedoria
e para a paciência, que mantenha nosso espírito purificado e iluminado
para que assim possamos servir de “simples” instrumentos de Deus, da Lei
e da Justiça. É o momento de agradecer, agradecer e agradecer por essa
oportunidade única e excelsa que temos por estar diante do Poder
Divino.
Em terceiro lugar e não menos importante, o médium deve Saudar e tomar a Benção de seu Pai ou Mãe Espiritual. Quando isso ocorre, o “filho” está reconhecendo seu Pai Espiritual como o detentor dos conhecimentos da Lei de Umbanda e como seu orientador, que o conduzirá,
sustentará e protegerá dentro da doutrina religiosa Umbandista.
“Tomar a Benção” é um procedimento de reconhecimento de Grau e de respeito à Hierarquia, pois o Pai Espiritual é a voz, é a força, é o representante e o intermediário dos Orixás aqui no plano material e ele
é escolhido e preparado pelas próprias Forças Divinas, pois se assim
não fosse, não conseguiria sustentar uma gira ou realizar um “simples”
desenvolvimento.
Cada Centro tem a sua forma de saudar o Pai Espiritual, mas quando o médium toma entre suas mãos a mão de seu Pai Espiritual, a beija respeitosamente, leva-a até a sua testa e a beija
novamente, este ato representa o desejo de que aquelas mãos preparadas o
conduza aos serviços de Deus ajudando-o a adquirir conhecimentos
Sagrados.
Ao dizer: “Daí-me Pai, a sua benção” e o Pai Espiritual responder “Seja
Oxalá quem lhe abençoe” ele está saudando acima de tudo a Trindade
Divina e sendo abençoado POR OLORUN, POR OXALÁ E POR IFÁ. As mesmas
atitudes devem ser realizadas ao sair do Centro, pois o médium sai do Sagrado para o Profano.

Povo de Aruanda
Matéria retirada do Jornal de Umbanda Carismática – JUCA Edição Nº 003 – Outubro 2006

ABSURDO DE INTOLERÂNCIA !



PAI SANDRO TI OBALUWAYE - da Rede AfroBrasileira Socio Cultural




Nas últimas semanas, depois da aprovação de vários projetos de lei na Assembleía Legislativa do RJ de autoria de nosso irmão, deputado Átila Nunes, os fanáticos
religiosos dispararam uma campanha na internet contra os umbandistas
Essa raiva, quase que doentia, é tão irracional, que eles se esquecem de que já foram aprovados projetos em várias assembléias legislativas do país, incluindo
no calendário oficial o "Dia da Bíblia"
Por que nós, umbandistas ou os seguidores de outros credos seríamos contra o "Dia da Bíblia"? Não nos diz respeito!
Mas...os fanáticos das seitas eletrônicas são tomados por uma raiva incompreensível quando são sancionadas leis que beneficiam nossa religião.
Um desses sites e blogs que condenaram a aprovação dos projetos de nosso irmão Átila Nunes na Assembleía Legislativa do Estado do Rio de Janeiro chega às raias do
absurdo!
Afirma que as chuvas que assolaram o Rio e SP nesse verão são culpa dos projetos do Átila Nunes em homenagem aos orixás. Inacreditável!!!
Fanáticos? Preconceituosos? Irracionais?
Ou simplesmente, intolerantes insanos?
ABAIXO, A RAIVA DOS FANÁTICOS NA INTERNET NUM DOS BLOGS EVANGÉLICOS

Lei do Preto Velho é aprovada debaixo do nariz da bancada evangélica do Rio de Janeiro

Omissão de deputados evangélicos na ALERJ facilita a aprovação da lei que obriga reverenciamento ao orixá Preto Velho e o transforma em patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro

O Preto Velho, entidade espiritual cultuada na umbanda, agora é patrimônio estatal. Em 9 de fevereiro de 2010 a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro
(ALERJ) aprovou o Projeto de Lei 1924/2008 que declara o
Dia dos Pretos Velhos como patrimônio
imaterial do Estado do Rio de Janeiro, determinando o revenciamento
dessa entidade espiritual.
A autoria da lei é do Dep. Atila Nunes (PSL), que vem atuando fortemente para que todos os orixás das religiões afro-brasileiras tornem-se propriedade imaterial no Rio de Janeiro e
passem a ser reverenciados através dessas leis. O Dep. Nunes está apenas
aproveitando a incrível onda estatal de privilegiar tudo o que se
refere à “cultura” afro-brasileira.

A Constituição Federal prevê no artigo 216 que os bens de natureza imaterial constituem patrimônio cultural brasileiro. Com tal proteção estatal, qualquer afronta ou ameaça ao patrimônio — no
caso, o Preto Velho — deve ser punida na forma da lei.

A transformação da entidade espiritual Preto Velho em patrimônio e propriedade imaterial de inicio obriga o Estado do Rio de Janeiro a repassar dinheiro para divulgação e proteção dessa chamada
“cultura religiosa” nas repartições públicas, através das Secretarias de
Cultura, Turismo, Educação, Segurança. A lei dá todo esse poder a essa
“cultura”.
Enquanto o PNDH-3 de Lula estabelece a “crucificação” dos crucifixos e outros símbolos cristãos em repartições públicas, o Rio de Janeiro, com a dormência dos deputados cristãos, já se prepara para preencher a lacuna
espiritual.
Oficialmente, a data do Preto Velho será comemorada com festejos programados e realizados pelas Secretarias de Turismo e Ciência e Cultura e incluídos no calendário oficial e turístico do
Estado. Assim, o Estado laico, que quer distância do Cristianismo e seus
valores, está agora abraçado e amigado ao Preto Velho, graças
principalmente às leis de igualdade racial, que transformam em “cultura”
as práticas religiosas dos descendentes de africanos.
O Rio de Janeiro está sob “maldição espiritual” por causa das leis que homenageiam orixás, na aprovação do feriado estadual de São Jorge, dia
mundial do orgulho gay
, umbanda, candomblé e
iemanjá como patrimônio do Estado
POR NÃO TEREM CORAGEM DE ENFRENTAR O DEPUTADO ÁTILA NUNES, OS DEPUATDOS EVANGÉLICOS DEIXAM PASSAR ESSES PROJETOS! A BANCADA EVANGÉLICA NÃO TEM CUMPRIDO O SEU DEVER DE IMPEDIR ÁTILA NUNES
NAS SUAS CONQUISTAS PARA A MACUMBARIA
Os deputado evangélicos se ausentam completamente dos embates. Na hora da votação, eles tomam chá de sumiço.
Paulo Teixeira em seu Blog Holofote critica os deputados que utilizam terrorismo religioso em época eleitoral culpando pessoas e
governos, mas que são omissos em votações decisivas.
O Rio de Janeiro é hoje um mosaico de confusão religiosa, onde uma população majoritariamente católica e evangélica vive sob um número crescente de leis que dão aos orixás da “cultura”
afro-brasileira uma estranha e louca intimidade com o Estado “laico”,
trazendo pesadas conseqüências para as escolas públicas, onde os alunos
serão obrigados a aprender a reverenciar o Preto Velho.
A ALERJ tem outros projetos que aguardam apenas a oportunidade de votação para completar “a agenda espiritual” dos orixás. Com a sonolência da bancada evangélica do Rio, tudo é possível para os
orixás e seus adeptos.

COMO SEI QUE ORIXÁ DEVO OFERENDAR ?





OXALÁOferendamos Oxalá quando necessitamos fortalecer ou despertar em nosso íntimo os sentimentos de fé, paciência, tolerância,
perdão e compaixão. Quando precisamos colocar em nossas vidas mais
esperança e confiança.
OYÁOferendamos Oyá quando necessitamos despertar ou equilibrar a religiosidade em nossas vidas, ou seja, é a Ela que clamamos quando nossa fé ou nossa religiosidade está desvirtuada pelo
fanatismo, quando está ausente ou até pela má utilização da fé. É Oyá quem absorve os excessos da fé. A
Ela também solicitamos envolver, purificar e redirecionar, com suas
ondas espiraladas, os eguns perdidos no tempo, aqueles espíritos que ha
muito tempo vagam no astral, que já se encontram perdidos e com seus
mentais vazios tornando-se alvos fáceis para as grandes quiumbas que os
escravizam e os utilizam para o mal. Além desses tipos de eguns, Ela
também recolhe aqueles que nos acompanham desde muito tempo, de vidas
passadas, e que por um sentimento de vingança emocional nos envolvem
desequilibrando-nos até hoje. Ela é a Dona do Tempo cronológico.
OXUMOferendamos Oxum pedindo que Ela amoleça o nosso ou outros corações, a fim de se tornarem mais amorosos. Pedimos a Ela que estimule a união através dos sentimentos de amor puro e fraternal. Só
através do amor puro é que a verdadeira união acontece e essa união vale
em todos os sentidos (profissional, social, familiar, etc). Com essa
união vem a felicidade, ou seja, a verdadeira prosperidade é concedida a
nós. Portanto Ela é a Mãe da Concepção, aquela que tudo concede quando
há amor.

OXUMARÉOferendamos Oxumaré quando é necessário diluir sentimentos que estão desequilibrados. Por se tratarem de sentimentos viciados eles são ou se tornarão dolorosos como, por exemplo, o
sentimento da paixão ou do desejo. É importante salientar que algumas
vezes não percebemos o desequilíbrio emocional em que nos encontramos,
portanto, se fazem necessários o auto conhecimento, o verdadeiro querer
melhorar e, principalmente, a fé. A Oxumaré solicitamos também que renove o
nosso emocional trazendo a pureza dos sentimentos pois este é o Orixá da renovação do amor na vida dos seres. Ao
trazer a cura emocional Ele é também capaz de, automaticamente, curar o
físico, sendo assim, oferenda-se Oxumaré também para socilitar a cura.
OXÓSSIOferendamos Oxóssi para que ele nos ajude no
raciocínio consciente, ou seja, para que ele nos traga o conhecimento, o
esclarecimento e a sabedoria em todos os sentidos da vida. A Ele também
solicitamos a coragem, a rapidez, o espírito caçador para as novas
empreitadas. Pedimos que sustente nossa caminhada espiritual com
sabedoria e que cure nossos mentais desequilibrados. Oxóssi é um Orixá guerreiro, que nos traz a força da atitude,
a força da vontade, enfim, é o Orixá que nos ajuda naquilo que mais precisamos
para evoluir: O Conhecimento. É um Orixá que tem como domínio as matas e ervas e por
isso propicia também a cura energética e mental.
OBÁOferendamos Obá para pedir concentração mental e
quietude racional, ajudando a boa memória e a capacidade de assimilação
mental. No entanto, a Ela também solicitamos que nos ajude a eliminar
pensamentos negativos ligado aos dogmas e conhecimentos errôneos,
pedimos que nos ajude a esquecer aquilo que nos negativa. Obá, com sua ação discreta e firme,
estimula nossa interiorização favorecendo o auto conhecimento e
paralisando todas as formas viciadas de conhecimentos. Essa Orixá nos traz o sentido do “chão firme”,
portanto, devemos clamá-la naqueles momentos em que nos encontramos sem
chão ou aéreos demais, precisando de concentração e firmeza de
pensamento.

XANGÔ – um dos Orixás mais temidos pelo fato de ser Ele o determinador da Justiça e quem ativa a Lei em nossas vidas, fazendo valer o ponto que diz “quem deve paga e quem merece recebe”. Portanto, oferendar Xangô é muito forte e muito especial, é
nesse momento que devemos baixar nossas cabeças e permitir que seja
feita a vontade de Deus e não a nossa. E é esse o “espírito da coisa”:
não se oferenda Xangô para pedir a nossa justiça, mas a
justiça Divina. Infelizmente, isso pouco acontece, pois as pessoas estão
viciadas em seus desejos e julgamentos e vão logo aos pés do Grande Rei
Xangô pedir seus desejos, o que é um
grande erro. Devemos oferendar Xangô para buscar e pedir equilíbrio
entre a razão e a emoção, a justiça, a sensatez, a razão, a determinação
e a coragem para recebermos aquilo que merecemos. Pedimos a Ele que nos
mantenha sensatos e livres de quaisquer julgamentos, tanto os que
emitimos quando os que recebemos.

EGUNITÁ – mesmo sabendo que poucos conhecem ou cultuam essa Orixá, vale a pena dizer que Ela é o fogo vivo e divino, portanto a Oferendamos quando queremos que essa ação do fogo
queime e consuma todas as energias negativas, todos os excessos emocionais e
todos os cordões negativos que nos envolvem e envolvem nossas casas.
Ela também ajuda a consumir energias de vícios.

OGUM – falar desse Orixá é falar de coragem, lei, ordem, ordenação, retidão e determinação, portanto Oferendamos Ogum para receber em nosso íntimo esses atributos e para manifestá-los em todos os sentidos das nossas vidas,
seja profissional, material, emocional ou espiritual. Quando o Oferendamos pedimos também que nos envolva com
sua força guerreira, solicitamos a abertura de nossos caminhos e a
proteção de seus Guardiões da Lei. Ogum não julga nada nem ninguém pois
esta atribuição pertence a Xangô. Ogum é quem aplica a Lei, portanto oferendar Ogum no sentido de submissão à Lei Maior
e à Justiça Divina (ou seja, submissão a Deus) é dar as costas para
receber os “chicotes” da Lei. Esses doem, mas são necessários para
cessar nossas dividas cármicas acelerando nossa evolução espiritual.
Feliz daquele que tem coragem, amor e fé suficientes para sentir tão
grande Poder e Ação, fazendo valer o ponto: “o que se ganha de OgumOgum pode tirar”. É por isso que dizemos
que Ogum é quem ativa nossas próprias
demandas como também é o único que tem o Poder de ordenar a quebra de
nossas demandas, tudo pela determinação da Lei de Deus.

YANSÃOferendamos Yansã para pedir movimento e direção em todos os sentidos da vida, a Ela solicitamos que nos envolva com sua Força guerreira para nos ajudar em nossas mudanças e conquistas,
portanto, a Oferendamos quando estamos com nossas vidas
estagnadas, quando nos encontramos depressivos, sem energia, sem direção, perdidos e cheios de
dúvidas, afinal Yansã é a manifestação da alegria e da
paixão pela vida e pelo que faz. Pedimos também a força e o movimento de
Yansã para que envolva e encaminhe todos
os eguns, espíritos negativos que desvirtuam nossa caminhada material,
emocional e espiritual, direcionando-os aos domínios de Obaluaiyê
ou Omulu
onde serão conduzidos aos seus lugares de merecimento. Ela esgota os
seres e os redireciona, abrindo novos caminhos por onde evoluirão de
forma menos emocional. Yansã é a Orixá do Tempo climático, Senhora dos ventos, dos
raios, do movimento e da direção.

OBALUAIYÊOferendamos este Orixá para pedir que Ele nos ajude em nossa evolução espiritual e que nos traga a sabedoria junto com a paciência – a
sapiência. Ele é o Senhor das Passagens, portanto é ele quem permite a
nossa passagem de um nível para outro, isso quer dizer que é ele quem
nos conduz e quem abre as porteiras em nossas mudanças de estágios ou
graus espirituais, por isso é a Ele que clamamos quando nos encontramos
estagnados e paralisados. Também é Ele quem nos conduz nas mudanças de
estado encarnado para desencarnado e vice-versa, ou seja, é ele quem
acolhe os espíritos que acabaram de desencarnar, assim como conduz os
espíritos que irão reencarnar. A Ele pedimos estabilidade, proteção e
sabedoria anciã. Também pedimos para transmutar e transformar nossos
sentimentos, portanto, é Ele quem permite e proporciona a cura da alma.

NANÃOferendamos Nanã para solicitar que Ela decante nossos sentimentos e lembranças
negativas, que nos ajude a esquecer as mágoas, o rancor, a dor, etc. A
Ela pedimos maturidade e mobilidade para viver em harmonia e com
sabedoria.

YEMANJÁ – a grande Mãe da Vida é ofertada quando precisamos de coisas novas em nossos caminhos, por isso pedimos a Ela que gere em nós a vontade de
viver, de crescer, de melhorar, etc. Pedimos que Ela gere em nós, e para
nós, novas oportunidades em todos os sentidos da vida. Como grande Mãe
que é, Ela rege a família e portanto equilibra e apazigua os laços
familiares e o sentido de “ser mãe”. Ela nos favorece suas qualidades
geradoras, renovadoras e criacionistas, ou seja, Ela nos permite buscar
coisas novas, aguçando nossa criatividade e estimulando nossas
percepções.

OMULU – sabemos que muitos identificam Omulu e Obaluaiyê
como sendo o mesmo Orixá, no entanto, a ação de Omulu
é muito mais ativa, pois é um Orixá cósmico, ou seja, atua em nossa vida de
forma ativa paralisando nossos desequilíbrios e punindo, caso seja
necessário, as terríveis quiumbas que já se encontram de forma super
negativadas. Portanto solicitamos a Omulu,
o grande Orixá do Fim, que coloque um fim nas ações do
baixo astral, um fim em nossos desequilíbrios emocionais e espirituais,
assim como um fim às dores da alma, do físico e da mente.
Alguns pontos que merecem ser destacados e devem ser lembrados no momento de oferendar:
• A melhor e mais poderosa de todas as oferendas é aquela que fazemos sem pretensão alguma, somente com o sentido de agradecimento. Essa é a oferenda religiosa que tem como guia nosso coração e que pode ser realizada
dentro da nossa casa a qualquer hora, é só ofertar ao Orixá o nosso amor e a nossa fé. Pronto! Eis o
segredo da felicidade.
• Tudo que for solicitado só será atendido diante da necessidade e do merecimento da pessoa, portanto, as oferendas não devem ser confundidas com barganhas.
• Não adianta a pessoa oferecer uma feira inteira ao Orixá se não tiver Fé. Muito mais do que está sendo oferecido as Divindades esperam o amor, o respeito, a fé e os sentimentos positivos do fiel no momento da oferenda.
• As Divindades não comem os elementos ofertados, Elas apenas absorvem as energias dos elementos e as conduzem aos seus fieis de forma potencializada e divina, portanto, Ogum não bebe a cerveja, Oxalá não come a canjica, Oxóssi não come as frutas, etc.
• Lembre-se sempre de preservar a Natureza e o respeito à sociedade. Não deixe sujeira nos pontos de força. A Umbanda e a Natureza agradecem.
Muito Axé a todos e bons estudos!
Texto do site Minha Umbanda
Povo de Aruanda

A FIRMEZA DE UM TERREIRO




A FIRMEZA DE UM TERREIRO


Muito se tem ouvido falar nos meios umbandistas com relação às firmezas
necessárias para um bom andamento dos trabalhos num terreiro de Umbanda.


Logicamente que toda parte ritualística de uma Casa tem razão e função de ser, uma vez que a própria Umbanda tem fundamentos e é
preciso preparar os mesmos como é falado em uma curimba de defumação.

Porém, além das firmezas materiais que estão ligadas aos elementos de trabalho
dos Orixás, Guias e Entidades e que são catalisadoras das energias
necessárias para esses trabalhos, ora servindo como força agregadora de
energias positivas, ora desagregando as negativas, há outra firmeza de
fundamental importância.

E qual seria essa firmeza?

A firmeza que me refiro meus filhos é a firmeza interior de cada médium de
Umbanda.

Mas como se dá essa firmeza?

Se dá através da humildade, do exercício do amor ao próximo e da caridade prestada sem
pedir ou esperar nada em troca.

A firmeza interior trabalhada na humildade permite ao médium o esclarecimento de que ele não sabe tudo,
que sempre estará em aprendizado pois a Espiritualidade por mais que
ensine ainda não deu a palavra final. Dessa forma o médium sempre estará
acrescentando ao seu aprendizado ensinamentos novos, iniciando-se assim
para ele sempre novas etapas, que devem ser ultrapassadas com muito
respeito, amor, dedicação, renúncia e fé.

A firmeza interior pautada no exercício do amor ao próximo fará o médium se ver novamente
no lugar do outro que chega na Casa em busca de ajuda, auxílio,
esclarecimento e compreensão como o próprio médium chegou um dia.

A firmeza originada na caridade fará o médium entender que não deve
julgar quem quer que seja e que muitas vezes ele sofrerá ingratidão e
descrédito por parte de algumas pessoas ao verem seus pedidos negados
pelas entidades de Umbanda que não barganham e nem trabalham contra as
Leis de Deus.

Se hoje meus filhos já caminharam mais um pouquinho, mais motivos tem para buscar o exercício dessa firmeza
interior.

Ser médium dentro do templo é muito fácil!
O difícil é colocar-se como médium no dia-a-dia onde a sociedade pede
muitas vezes uma postura não tão condizente com os ensinamentos de paz,
amor e fraternidade deixados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo.

Lembrem-se filhos de fé, é através de vossas atitudes que o templo do qual você
faz parte será representado, é através das vossas condutas que a Umbanda
será mostrada a outras pessoas.

Médium, sinônimo de ponte, meio, instrumento. Que o médium de Umbanda seja um instrumento dócil nas
mãos de Pai Oxalá para que assim as bênçãos de amor e luz possam se
fazer na Terra.

Um Caboclo de Oxóssi.

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