
Esses são assuntos dos quais todos se escusam de falar, ou de escrever, e quando o fazem, é por alto e indiretamente. Vamos abordar o assunto de maneira mais clara possível, a
fim de levar um alerta a todos os nossos irmãos umbandistas,
principalmente àqueles que estão predispostos a caírem nesses erros,
visto termos esperanças de que essa advertência venha trazer luz em cada
espírito, e ainda possa chegar a tempo de cada um recuar para a sua
regeneração. Não queremos, de maneira nenhuma, nos arvorarmos de juízes
das causas alheias, visto termos também nosso débitos com o astral
superior, mas sim, após anos de trabalho, termos observados médiuns
fracassando ou caindo, incorrendo em erros elementares e, para se
reabilitarem, continuando na prática de suas mazelas, culminando em suas
quedas, muitas vezes sem retorno. Temos observado que a maioria desses
médiuns vivem um tormento interior, como labaredas de fogo a
queimar-lhes a consciência, e eles não têm forças para se reerguerem,
visto estarem presos nas garras dos marginais do baixo astral e
dificilmente conseguem se libertar de suas mazelas e, ainda por cima,
sendo alertados pelos seus Guias Espirituais constantemente, nada
fazendo para se libertarem das garras desses magos negros, por estarem
atolados até o pescoço no pantanal da ignorância do astral inferior,
pois também estão contribuindo, e muito, não mantendo uma vida ilibada e
com moral. Isso acontece devido à lei de atração, onde semelhante atrai
semelhante. Os quiumbas já se deram conta de que esses médiuns estão
praticando atos que são de comum acordo com a confusão que rege os
reinos inferiores, fazendo assim com que surja um casamento fluídico
médium/quiumba, pois os dois estão em sintonia vibratória. É muito
difícil se libertar de um quiumba, ainda mais quando nós fomos a causa
da aproximação desse quiumba por atração fluídica. E quando esse
casamento fluídico perdura por anos a fio, o sistema neuro-
psíquico-mediúnico torna-se denegrido, fazendo com que os seus Guias
Espirituais não tenham condição de aproximar-se, pelo fato de não haver
mais simbiose espiritual entre médium e Guia Espiritual. O caso mais
grave é quando os Guias Espirituais se afastam devido às causas morais, e
o médium, mesmo com os alertas, prefere continuar em seus erros, ou
seja, não existe renúncia e nem remorso por parte do médium, preferindo
esse continuar a sua caminhada, incorrendo nas mesmas causas que o
levaram para o astral inferior. Só existe um meio de se libertar, e esse
meio só o médium pode realizar, pois não terá ajuda direta a não ser
subsídios, conselhos, orientações, para assim por si só se reerguer,
fazendo com que o seu sistema mediúnico-espiritual se eleve novamente e
entre em contato com os planos superiores. Será necessária uma intensa
reforma íntima, acrescida de renúncia dos erros passados, muita oração e
prática dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente
na realização da caridade desmedida e constante. Para nos situarmos,
vamos abordar três aspectos principais, pelos quais o médium se
precipita nos abismos da queda mediúnica. Embora não podemos nos
esquecer dos demais erros e vícios tão divulgados pelos Guias
Espirituais, os quais devemos estar em alerta para não adquiri- los. • A
vaidade excessiva, que causa o entusiasmo, por nos sentirmos especiais
em tudo o que realizamos, abrindo os canais mediúnicos a toda sorte de
influência negativa. • A ambição pelo dinheiro fácil, que vem através
dos agrados que recebemos devido a um bem efetuado a alguém, ou por
algum trabalho realizado, fazendo com que o médium veja a facilidade de
adquirir bens materiais em troca de favores espirituais. Em decorrência
disso, existe a possibilidade de crescer no interior do médium a
ambição, fazendo com que cada vez mais faça cobranças em tudo e por
tudo. • A condição sexual incontida, que lhe tira a razão, pelo fato de
ser uma das energias mais poderosas existentes no plano terrestre, e ser
uma energia geradora, criativa, e recheada de desejo. O que acontece é
que começa a existir interesses vários, onde o desejo e a sensualidade
tomam a frente, quando o fascínio existente pelo sacerdote toma um rumo
diferente do que devia ser. O mesmo acontece com o corpo mediúnico, ou
fora do Templo, onde começa a existir outros interesses que não seja a
fraternidade, ou o puro sentimento. No caso da vaidade excessiva, tem
seu início na prática mediúnica. Quem tem o dom mediúnico o traz de
berço, pois adquiriu através de sucessivas encarnações o direito de
externar, por herança, os dons de Deus. Em certa altura da sua vida, a
mediunidade começa a aflorar, e eis que surge o Caboclo, o Preto-Velho, o
Baiano, o Boiadeiro, e assim por diante. Com o desenvolver da
mediunidade, começam a surgir os fenômenos tais como curas, descarregos,
aconselhamentos certeiros, conhecimentos irrefutáveis; e são tantos os
casos positivos trazidos pelos Guias Espirituais, que se dá o início ao
surgimento da vaidade no médium. Esse se acha possuidor de todos esses
conhecimentos e não mais o Guia Espiritual. Também existe o caso do
médium achar que o seu Guia Espiritual é o mais poderoso. São tantos os
casos positivos que acontecem em volta desse médium, que em torno do
mesmo forma-se uma corrente de admiração e, muitas vezes, de fanatismo
também. As pessoas em torno desse médium, diante de tudo o que vêem,
começam a bajulá-lo, a agradá-lo com presentes e com isso vão
inconscientemente incentivando a sua vaidade. Isso acontece com o
médium, muitas vezes, pelo fato do mesmo ser ignorante de conhecimento, e
algumas vezes se recusa a estudar o mediunismo, suas causas e
conseqüências. O Guia Espiritual do médium faz de tudo para alertá-lo
das conseqüências dos seus atos (respeitando o seu livre-arbítrio),
através de sinais, alertas, conselhos, intuições, etc. Mas, como o
médium está predisposto a vaidade, deixa de escutar o seu Guia
Espiritual, e chega ao ponto de se julgar o tal, um mestre, um
escolhido, um mago, um semi-deus, e que a força é dele, chegando a
pensar que é propriedade sua. O médium vai crescendo em vaidade, devido
às pessoas o respeitar e acatá-lo em respeitoso silêncio, sem
questionar, e aí vai crescendo as exibições mediúnicas. O que acontece
nessa altura é que o médium já perdeu o contato mediúnico de fato,
exercendo tão somente o animismo. O grave é quando o médium está
mediunizado por um quiumba; aí sim é a queda total dele e dos que estão a
sua volta. As portas da sua mediunidade estão abertas às influências
negativas e toda sorte de manifestações magísticas destrutivas. Com o
tempo, o médium vai se acostumando com os fluidos dos quiumbas, e não
quer perder o cartaz por nada nesse mundo. Porém, os fenômenos antes
efetuados por manifestações mediúnicas positivas, não mais acontecem, e
as pessoas ao seu redor já começam a olhá-lo com certo desprezo e se
afastam, fazendo todo o tipo de comentário negativo, embora num passado
tenham se beneficiado desse médium. O médium que se entregou à vaidade
excessiva se torna um sofredor, pois começa a perceber que para
incorporar já começa a ter que representar e o tormento toma conta de
sua cabeça. Aí entra a descrença, que é o golpe fatal para a sua pessoa.
No caso da ambição pelo dinheiro fácil, devemos diferenciar o médium
que cai pelo dinheiro fácil e os que podemos incluir aos milhares, que
são os espertalhões, que usam o nome da Umbanda e de suas entidades a
fim de explorarem a ingenuidade das pessoas de todas as maneiras. Esses
(espertalhões) são bem reconhecidos, pois seus “terreiros” são vistosos,
com roupas multicoloridas, uma grande profusão de “guias” no pescoço e
outros adornos que sabemos serem desnecessários em nossos cultos. Vivem e
fazem de tudo um ganho, seja em dinheiro ou facilidades na vida.
Costumam fazer festas por quaisquer motivos, todas regadas a
excentricidades no visual, muita bebida alcoólica e carnes, muitas
vezes, levando essas festas religiosas em ambientes profanos, a fim de
angariarem um grande número de admiradores e outros tantos que gostam de
se apresentarem e se mostrarem em público a fim de terem
reconhecimento. Tudo nesse ambiente é movimento, encenação, panorama e
desfile. Por ali, tudo se paga. Desde uma consulta, até os tais
despachos e ebós. Até a famosa camarinha, onde vêem mediunidade em
todos; e aja firmar “santo” na cabeça das pessoas. São antros de
exploração, que chafurdam o nome sagrado da Umbanda, a pecha de grupo
folclórico, a atenderem seus mais mesquinhos interesses. São verdadeiras
arapucas, onde tudo é duvidoso. Dentro da Umbanda, é sabido que a
prática da magia branca faz parte, como um recurso Divino, para atender a
necessidade prementes de seus filhos. Para a feitura de algumas magias,
há necessidade de certos materiais, que corretamente devem ser
adquiridos pela pessoa beneficiada. Muitas vezes, no caso de um
consulente sem condições, damos o que temos. Quando realmente há
necessidade dessa magia, os nossos Guias Espirituais pedem o material
necessário à pessoa, sem grandes desmandos, satisfazendo a “Lei de
Salva”. Tudo o que é manipulado pelas nossas entidades espirituais
costumam sempre dar certo, pois tem o discernimento necessário para
saberem o que necessitamos. Disso tudo surge um grave problema, pelo
fato das pessoas que perambulam pelos “terreiros” encontrarem uma grande
facilidade, achando que é só fazerem um trabalhinho para resolverem a
sua vida. Grande ignorância, quem assim pensa. Temos que nos reformar
interiormente, seguindo os passos e os ensinamentos de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Antigamente, devido à má informação e formação de
sacerdotes e médiuns conscientes da realidade espiritual, muitos faziam
do “despacho” ou de “tais trabalhinhos” uma panacéia para tudo. Era só
ter um probleminha ou problemão, seja ele qual for que imediatamente
tinha um despacho para resolver tal questão. E haja despacho pra tudo.
Tudo era resolvido no despacho. E hoje a coisa somente mudou de nome.
Trocou-se o nome despacho para magia. Tem magia pra tudo. É só ter um
probleminha ou um problemão, seja ele qual for que imediatamente acha-
se uma magia para resolver tal questão. Pode? Quero ver alguém encontrar
um despacho ou magia para despertar nossa fé, nosso amor, nossa
devoção, magia para ser bondoso, caridoso, humilde. Magia para se
efetuar reforma íntima, para perdão. Magia para se espiritualizar, ter
moral, ter vida ilibada. Não vêem que essas tais magias é tão somente
para coisas matérias? Para facilitar a vida material? Não vêem que
muitas dessas magias são utilizadas em momentos de revoltas, demandas,
ódios, retorno. E até (pasmem): “clonar” espíritos. Infelizmente, é fato
real, que na Umbanda estão aparecendo muito mais “magos” e “mestres”,
do que servidores agradecidos, somente interessados em servir a
espiritualidade, tudo fazendo para a honra e a glória de Deus. É muito
cacique pra pouco índio. No começo, o médium obedece tão somente o que
suas entidades espirituais pedem para a realização de uma magia. Com o
tempo, esse médium começa a observar e pensa seriamente na facilidade do
dinheiro. Então, ele entra na “Lei de Salva”, tão conhecida pelos
magistas, e abusa dessa lei em benefício próprio. Aí começou a imperar
nesse médium a ambição pelo ganho fácil, quando começa a exceder na “Lei
de Salva” (dentro da magia), dando a desculpa que necessita do dinheiro
para o seu anjo da guarda, para o cambono, ou para “pagar o chão”.
Concordamos que deva haver uma remuneração suficiente para o médium
adquirir materiais necessários que consta de certo número de velas,
elementos da Natureza, ou mesmo uma certa quantia de dinheiro suficiente
para que o médium que realizou o trabalho possa utilizar esse dinheiro
para a sua locomoção, ou mesmo comprar materiais necessários à
manutenção da sua vida espiritual, e nunca para sustentar seus vícios e
luxos. Geralmente, pedimos ao interessado o material necessário à
feitura da magia e juntamente uma pequena quantidade de velas ou outros
materiais necessários utilizados no Templo. Quanto à locomoção, pedimos
gentilmente ao interessado que nos forneça uma condução. Quando o
interessado esta passando por dificuldades financeiras que impedem a
compra dos materiais para a feitura da magia, doamos de bom grado o que
temos. Jamais aceitamos dinheiro como paga ou mesmo agrado; Se houver
interesse da pessoa em doar alguma coisa, que faça espontaneamente ao
Templo ou a alguma entidade assistencialista, e não ao médium. As
pessoas, pelo fato de quererem uma melhoria de vida em todos os
sentidos, pagam o que for para que seus problemas sejam resolvidos. Aí
está o perigo. Em primeiro lugar, devemos esclarecer que magia só deve
ser usada quando a pessoa não tem competência momentânea para resolver
seus problemas. Nesse momento, fazemos uso da magia para levantar essa
pessoa. Depois do problema urgente resolvido, vamos para a reeducação da
pessoa, reforma íntima, com conselhos, e tudo ordenado dentro de um
conhecimento elevado, principalmente no Evangelho de Jesus. Nesse
momento, o médium, já começando a fazer trabalhos por conta própria e
tudo, geralmente direcionado com Exu e Pomba Gira, vai utilizando
materiais cada vez mais pesados (sangue, carnes, ossos, etc.),
chafurdando tanto ele como a pessoa beneficiada, incorrendo aí no risco
de criar ligações perigosas com o que de mais baixo existe no astral
inferior. Quando esses ditos trabalhinhos saem da linha justa da magia,
até Exu e Pomba Gira se afastam do médium. O seu Guia Espiritual, como é
de praxe, já o alertou várias vezes e ele não deu ouvidos, pois o
dinheiro está entrando que é uma beleza. Por ele estar cego e surdo, não
ouve a ninguém e, aí, o seu Guia respeita a sua escolha, pois é sabedor
da lei do livre-arbítrio. Quando numa necessidade verdadeira, esse
médium clama por seu Guia Espiritual, aí ele vê que não tem resposta,
fica abalado. Começa a perceber que o que está à volta dele são
verdadeiros e poderosos quiumbas. Esse médium começa a fazer tudo o que
pode e sabe para o seu Guia voltar, e nada. Mesmo assim, não larga do
dinheiro fácil, pois está afundado na ignorância espiritual, quando
percebe que esse dinheiro é um dinheiro maldito, pois as conseqüências
são nefastas. O fim de todos eles é muito triste. Entram nos vícios,
falta de emprego, perdem tudo o que tinham na vida, pois os Sagrados
Orixás os Guias Espirituais e os Guardiões não acobertam erros de
ninguém; esses médiuns se desiludem com a religião, culpando-a dos seus
problemas e, perdendo sua fé na Umbanda, vão a procura de outras
religiões, a fim de se refazerem da desgraça que adquiriram em suas
vidas. Mas mesmo assim, devido à soberbia, não assumem seus erros e
culpam a um pretenso demônio, o qual desgraçou sua vida, pois estavam na
religião errada, sob a influência desse demônio que dirigia aquela
religião. Geralmente acabam virando ex-pais, ex-mães e ex-filhos de
encosto, o que não deixa de ser verdade, pois esses médiuns nunca
serviram a Deus, aos Orixás e nem aos Guias Espirituais e Guardiões
verdadeiros, mas sim, a encostos. Deviam sim, observarem que Deus lhes
deu uma oportunidade bendita e redentora na prática da caridade
desmedida através da mediunidade redentora, e eles, por ignorância e
muitas vezes maldade, praticaram os atos mais absurdos, tudo em nome da
Umbanda. Não se esqueçam que somos espíritos endividados, que estamos
encarnados todos sob a pele do cordeiro (que é o nosso corpo). Todos têm
a mesma oportunidade para se erguerem, mas não temos condições de
observarmos quem é quem; aí que cada um semeie bem, pois Jesus disse: “A
semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, “e cada um vai colher
aquilo que plantou”. “Quem semeia somos nós, mas quem colhe é Deus Pai
Todo Poderoso”. O terceiro e último caso é o sexo fácil. Esse é um dos
aspectos mais críticos e perigosos, e um dos mais difíceis de ser
perdoado. Temos visto, em nossa caminhada pela Umbanda, vários médiuns
caírem pelo sexo. Inclusive atualmente, médiuns “famosos”, casados,
utilizando-se de sua influência e aproveitando a carência afetiva de
algumas irmãs iludidas por acharem que estão sendo “amadas” por alguém
“iluminado” (os famosos semi-deuses, mestre, magos ou orixás
encarnados), forçam uma situação, e aproveitam-se sentimentalmente e
sexualmente, satisfazendo seus sórdidos desejos. Esses casos são
difíceis de serem perdoados, porque a moral do médium fica na lama em
que ele mesmo se sujou. Por mais que tente, nunca vai conseguir apagar a
lembrança dos atos cometidos e sempre vai ter alguém a lembrá-lo de sua
queda, pois iludiram, enganaram e usaram pessoas desequilibradas em
seus sentimentos. É uma mancha que, mesmo que nos reabilitemos, nunca
será apagada. Devido aos envolvimentos existentes com bajulações e
fanatismo, ele constantemente é endeusado. Daí, para receber elogios do
sexo oposto (ou do mesmo sexo) fica visado, e tem a propensão para se
deixar fascinar, quando se vê numa pessoa muito apessoada. Quando
trabalhamos na luz, constantemente somos combatidos pelo baixo astral,
que envia todas as formas existentes, principalmente em nossas
fraquezas, para que caiamos. Lembre-se de Jesus: “Orai e vigiai, para
não cairdes em tentação”. Logo, quando o baixo astral vê uma brecha, e
essa brecha é uma forte predisposição sexual, é aí que eles vêem a
oportunidade de atacá-lo. Lançam mão de todos os recursos, até
conseguirem seus objetivos. O médium que está desavisado, por ignorância
espiritual, ou mesmo por ter o espírito doente, cai nas malhas do baixo
astral, e se entrega ao sexo desmedido dentro do ambiente religioso.
Como temos dito, o médium é constantemente avisado pelos seus Guias
Espirituais sobre todos os aspectos que o cercam. Estão sempre
vigilantes, mas acontece que esse médium, usando de seu livre- arbítrio,
já dentro de uma incontida predisposição ao sexo, cai e vira as costas à
moral, repelindo automaticamente toda influência benéfica que poderia
tirá-lo de sua caída. Tanto pela forte incontinência sexual, como por
uma sexualidade irrefreável com os médiuns do “terreiro”, não há
desculpas. A caída do médium, pelo fato de se relacionar sem moral com
os médiuns do “terreiro”, ocasiona seu fracasso, e nesse caso não há
desculpas. Quando o médium começa a sofrer as conseqüências do seu ato
insano, vai à procura de Guias Espirituais de outros médiuns, a fim de
resolverem seus problemas. O Guia Espiritual, como é sabedor da questão,
diz que: “em surra de Guia, eu não ponho a mão” ou “quando Caboclo
bate, não reparte pancada”. E haja punição. Após algumas disciplinas
necessárias, alguns desses médiuns se emendam, ficam com medo, e
procuram não mais errar, e se voltam às linhas justas dos trabalhos
espirituais. Porém, a maior parte desses médiuns, mesmo passando por uma
disciplina, não se emendam e continuam praticar os mesmos atos, como se
nada houvesse acontecido e infelizmente acabam denegrindo a imagem de
suas vitimas, geralmente dizendo que eles é que estavam sendo seduzidos
por uma pessoa inescrupulosa e que essa pessoa é uma servidora das
trevas para destruí-lo.. Então os Guias Espirituais vêem que não há mais
jeito, e se afastam do médium, deixando-o a mercê da sua própria sorte.
Uma coisa é verdade. Nenhum desses médiuns fracassados ficou com o seu
Guia Espiritual em sua guarda, pois erraram e persistiram no erro. O que
acontece muito é que esses médiuns costumam dar a desculpa que estão
com uma demanda em cima deles, muito forte. A força de pemba é tão
grande em cima desses médiuns, que rapidamente fazem com que percam sua
fé na Umbanda, e o redirecionam a outra religião, pois aqui não souberam
sorver a Espiritualidade Superior emanada de nossos Guias Espirituais.
Creio que todos tenham entendido bem tudo o que aqui está escrito, e
compreenderam bem, pois não é o erro em si, porque errar é humano e
todos podemos errar um dia. A questão é cometer o mesmo erro, é
persistir nos mesmos erros. Os nossos Guias Espirituais não são
carrascos, mas não podem acobertar nossos erros, e nem a repetição dos
mesmos. Outro fato, até corriqueiro no meio Umbandista é quando temos
pessoas ao nosso lado, dizendo serem nossas amigas, e quando, por
qualquer motivo se afastam de nós, acabam tornando-se “inimigas” e a
partir daí, tudo o que acontece de ruim na vida daquela pessoa é por
força de demanda. A mínima dor de cabeça, falta de dinheiro, mal estar,
sempre será culpa do outro médium ou do outro terreiro que esta
demandando com ele, querendo destruí-lo. Inclusive, acontece também o
fato de que outras pessoas que também se afastaram daquele terreiro,
achegando-se àquela pessoa, através de comentários e fofocas, com suas
mentes conturbadas acabam sendo alertadas por aquele individuo que estão
com uma demanda, também mandada por aquele terreiro e assim a corrente
da discórdia e das mentiras vai crescendo assustadoramente. O baixo
astral, astuto e inteligente, apossa-se desses médiuns incautos e
através de persuasão mental acabam convencendo-os da realidade das
demandas, inclusive fazendo até “vários videntes” verem a demanda sendo
feita. Com isso, o médium incauto acaba realizando magias defensivas e
ofensivas, cometendo injustiça e ai sim, caindo de vez nas malhas do
baixo astral que sai vitorioso. O baixo astral é ardiloso e faz tudo
para convencer as pessoas, utilizando todos os meios a fim de
convencê-la, para que acredite estar sendo prejudicada por outros. A
coisa é grave, pois esses médiuns incautos ainda não aprenderam o
Evangelho, o amor, a bondade, o perdão e a fé. Quem é sabedor da Lei da
Causa e Efeito e da Lei do Retorno, jamais deveria levantar sua mão
contra ninguém, pois teria a certeza de que a providência Divina estaria
do seu lado.
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